Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Mercado Externo

A avicultura paraguaia em bom momento

O consumo de frango pouco a pouco tem aumentado, como ao ovo, que está muito bem, ainda que em menor ritmo.

A avicultura paraguaia em bom momento

Avicultura

De acordo com o crescimento da produção de carne bovina, a avicultura paraguaia experimenta também crescimentos importantes. Os setores paraguaios de produção avícola e bovina estão no auge. De fato, segundo dados do USDA, espera-se que em 2016 seja o sexto exportador mundial, acima dos tradicionais como o Uruguai. “Este ano, estimamos em torno de 10% de crescimento, principalmente em frangos, já na postura uma menor quantidade”, disse Pablo Mauger, presidente da Associação de Avicultores do Paraguai (Avipar), em entrevista com a Indústria Avícola”.Países

Mauger disse que abatem 65 milhões de frangos por ano. Unido ao crescimento da produção, está também o consumo, que aumento neste país com 7 milhões de habitantes. “Estamos perto dos 20kg per capita de frango”, comenta, em comparação com os apenas 13 Kg de alguns anos atrás.

O consumo de frango pouco a pouco tem aumentado, como ao ovo, que está muito bem, ainda que em menor ritmo.“O consumo está em uns 130 ovos por pessoa ao ano”, segundo estimativas de Avipar. Hoje, abate-se no Paraguai cerca de 180.000 frangos ao dia, isso quer dizer que produzem 65 milhões de frangos ao ano.

Dados apontam que o Paraguai encontra-se nos últimas posições de produção na América Latina, acima somente do Uruguai e El Salvador.  Em postura, há 2.8 milhões de galinhas em produção ao ano, o que coloca este país no mesmo lugar na América Latina que na produção de frango, só acima de Nicarágua e Panamá. A quantidade de ovos produzidos ronda os 648 milhões de ovos ao ano. Enquanto a genética toda é importada do Brasil, sobretudo a de postura.

Milho e soja: vantagens competitivas

O Paraguai tem a grande vantagem de produzir bastante soja e milho, exportando parte da produção para os países vizinhos. “90% do custo de produção é realizado no país”, comenta o presidente de Avipar.

Segundo a Pesquisa Global de Alimentos Balanceados de Alltech, em termos de crescimento, o Paraguai apresentou um salto de 25% de crescimento em produção de alimentos balanceados, o qual o coloca entre os países com a maior taxa de crescimento nesta categoria, junto com a Argentina (com uma taxa de crescimento de 11%) e Bolívia (com 16%).

O Paraguai cresce em todos os setores pecuários, “pois conta com soja e milho baratos, os principais impulsores da capacidade de produzir alimentos balanceados”, sinalizou Aidan Connolly, diretor de inovações da Alltech em uma entrevista. “Em termos de exportações, o Paraguai também cresceu, devido às limitações que tem Argentina para exportar produtos agropecuários”, acrescentou na mesma ocasião María Sol Orts, gerente de comunicações da América Latina da Alltech.

Este país se enquadra em geral com a tendência que a América Latina tem mostrado nos últimos anos, de um panorama bastante lisonjeiro na indústria de alimentos balanceados, com olhos para um bom 2016. A América Latina produz de 17% e 19% dos alimentos para animais a nível global, com um crescimento de 3.5% nos últimos anos.

Os desafios do mediterrâneo

O País está verificando a possibilidade de exportar frangos. De fato, se tem algumas incursões em países como a Rússia e os países árabes. Contudo, os produtores paraguaios encontram uma complicada questão econômica. “Pelo mediterrâneo que tem o país, temos que pagar um frete extra até chegar ao mar. Os outros países ou empresas não tem este custo adicional”, comenta Mauger.

A Avipar representa as empresas avícolas que são sócias, e que por sua vez representam os produtores integrados a elas. Para a exportação, Avipar estabeleceu vínculos com o Ministério da Indústria e Comércio, para o programa nacional de exportação do órgão Rediex, que é a Rede de Investimentos e Exportações. Desta maneira, irão abrir mercados internacionais.

Por outro lado, ainda que produzam bastante soja e milho, o custo de estes grãos está manejado pelo mercado mundial. “Não é como antigamente, que o Paraguai só consumia o que se produzia”, acrescenta Mauger. Então “havia uma possibilidade de ter um melhor preço do grão, mas agora não mais”.

Ainda, os avicultores paraguaios têm outros desafios. Como grêmio “estamos dando muita ênfase na biosseguridade”.  Junto com o Serviço Nacional de Qualidade e Saúde, Senacsa, que é a autoridade competente para atender estes casos, tratam as questões de biosseguridade, os trabalhos sanitários e estão fazendo trabalhos de promoção para aumentar o consumo.