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AveSui 2012

AveSui: Produção de frango é a que mais deve crescer no Brasil na próxima década

A projeção consta de estudo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apresentado pelo coordenador de Planejamento Estratégico do Mapa, José Garcia Gasques, hoje (02/04) dentro do Painel Conjuntural de Mercado.

A carne de frango é a proteína animal que irá registrar o maior crescimento de produção ao longo desta próxima década no Brasil. A perspectiva é que ela passe das atuais 13.028 milhões de toneladas para 20.332 milhões de toneladas em 2022, um crescimento de 56,1% no período de dez anos. Os dados constam do estudo “Projeções do Agronegócio Brasileiro 2011/12-2021/22”, realizado pela Assessoria de Gestão Estratégica (AGE) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

“O setor produtivo de carnes é muito dinâmico e ágil, principalmente no caso de frango. Com o aumento de renda da população brasileira e mundial, a demanda pelo produto tende a continuar forte e crescendo nos próximos anos”, ressalta José Garcia Gasques, coordenador de Planejamento Estratégico do Mapa. Gasques apresentou os resultados em sua palestra dentro do Painel Conjuntural de Mercado, que aconteceu nesta manhã (02/04) dentro da AveSui América Latina 2012.

Depois do frango, a carne que mais irá aumentar a sua produção é a bovina. As projeções do estudo apontam um crescimento de 32,3% em dez anos, saltando de 8.947 milhões de toneladas para 11.834 milhões de toneladas. Na sequência vem a carne suína, cuja produção nacional passaria de 3.334 milhões de toneladas para 4.067 milhões de toneladas ao longo da próxima década; um crescimento de 22%. Somadas, as três carnes devem ampliar em 43,2% a sua disponibilidade no mercado até 2022, com um volume de 10,9 milhões de toneladas a mais.

Demanda aquecida por carnes – De acordo com os números apresentados por Gasques, o mercado interno continuará a ser o principal destino das carnes produzidas no País em 2022. A de frango é a que terá o menor percentual de consumo doméstico (63%), com o restante sendo direcionado a exportação. No caso da bovina, 80% permanecerá no mercado brasileiro; enquanto 81% do total de carne suína produzida no Brasil será consumida aqui mesmo.

Segundo o coordenador de Planejamento Estratégico do Mapa, a demanda por carnes seguirá crescendo tanto no mercado internacional quanto doméstico. Em sua avaliação, a atual crise vivida por alguns países europeus integrantes da zona do euro, a princípio, não deve afetar este crescimento. O receio é o de que a crise contamine outros importantes mercados ou mesmo leve a economia mundial a uma recessão. “A demanda por proteína animal está crescendo nos países emergentes da Ásia, África e América Latina, onde há aumento de renda e processo de urbanização em andamento e onde também a crise não está diretamente instalada”, comenta Gasques.

Outro aspecto importante em sua argumentação, é o de que as carnes estão dentro de uma classificação econômica chamada de elevada necessidade de renda. Ou seja, quanto maior o crescimento na renda das famílias, maior o consumo do produto. “Nos mercados onde as pessoas passam a ganhar mais, a tendência não é que haja mais consumo de arroz, por exemplo. Ele cresce em proteína animal, muitas vezes mais até do que o proporcional ao ganho adicional que a pessoa teve”, avalia,