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Desenvolvimento

Avicultura: técnicas no campo avançam mais de 20% com auxílio da ciência

Os processos de produção tem se modernizado continuamente e a ciência foi fundamental para os avanços obtidos nos índices de eficiência técnica e econômica da atividade avícola.

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A avicultura brasileira, em especial a dedicada à produção de carne de frango, desde sua introdução no Brasil, dos modelos padronizados e tecnificados, após a década de 1950, sempre foi uma cadeia produtiva ágil e dinâmica na busca e utilização de novas tecnologias, tanto naquelas geradas no País quanto nas demais nações. É o que destaca o pesquisador Dirceu João Duarte Talamini, da Embrapa Suínos e Aves (SC).

Ele é responsável por um estudo, realizado em parceria com o cientista Antônio Pinheiro, da Universidade Évora, de Portugal, que aponta: entre os anos de 1982 e 2010, a pesquisa científica foi responsável por 20,8% do progresso técnico do setor avícola nacional.

“Os processos de produção tem se modernizado continuamente e a ciência foi fundamental para os avanços obtidos nos índices de eficiência técnica e econômica da atividade avícola. Mas também é importante destacar o papel dos produtores rurais e das agroindústrias na adoção das novas tecnologias bem como o das empresas privadas na geração de inovações para a cadeia de frango de corte”, salienta Talamini.

Segundo ele, em um espaço de tempo relativamente curto, o Brasil se tornou o maior exportador e um dos maiores produtores mundiais de carne de frangos.

“O consumo per capita também teve um crescimento formidável e atualmente a carne de frango supera o consumo das demais carnes no País. Devemos lembrar que, poucos anos atrás, a carne bovina era a preferida dos brasileiros e a mais consumida; hoje, a de frango ocupou esta posição. Então, podemos afirmar que a ciência está presente em todas as etapas da produção da avicultura, desde o campo até a mesa do consumidor.”

A avicultura brasileira, em especial a dedicada à produção de carne de frango, desde sua introdução no Brasil, dos modelos padronizados e tecnificados, após a década de 1950, sempre foi uma cadeia produtiva ágil e dinâmica na busca e utilização de novas tecnologias, tanto naquelas geradas no País quanto nas demais nações. É o que destaca o pesquisador Dirceu João Duarte Talamini, da Embrapa Suínos e Aves (SC).

Ele é responsável por um estudo, realizado em parceria com o cientista Antônio Pinheiro, da Universidade Évora, de Portugal, que aponta: entre os anos de 1982 e 2010, a pesquisa científica foi responsável por 20,8% do progresso técnico do setor avícola nacional.

“Os processos de produção tem se modernizado continuamente e a ciência foi fundamental para os avanços obtidos nos índices de eficiência técnica e econômica da atividade avícola. Mas também é importante destacar o papel dos produtores rurais e das agroindústrias na adoção das novas tecnologias bem como o das empresas privadas na geração de inovações para a cadeia de frango de corte”, salienta Talamini.

Segundo ele, em um espaço de tempo relativamente curto, o Brasil se tornou o maior exportador e um dos maiores produtores mundiais de carne de frangos.

“O consumo per capita também teve um crescimento formidável e atualmente a carne de frango supera o consumo das demais carnes no País. Devemos lembrar que, poucos anos atrás, a carne bovina era a preferida dos brasileiros e a mais consumida; hoje, a de frango ocupou esta posição. Então, podemos afirmar que a ciência está presente em todas as etapas da produção da avicultura, desde o campo até a mesa do consumidor.”
O modelo de produção integrada, por exemplo, tem favorecido a rápida adoção de tecnologias modernas e mais eficientes, exemplifica. “No meu ponto de vista, não houve uma tecnologia específica que revolucionou a avicultura brasileira, mas um conjunto equilibrado de melhorias que, somadas à boa coordenação das cadeias, incluindo aqui ações das empresas privadas, das entidades de representação e também do setor de serviços públicos, além da necessidade de competir no mercado internacional, colocaram a avicultura no patamar em que se encontra.”

Embrapa

Na história de crescimento da avicultura nacional, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária teve papel importante. “A Embrapa, que iniciou suas atividades avícolas em 1978, teve um papel importante no crescimento sustentado da avicultura no Brasil. O corpo técnico de especialistas em aves da instituição, apesar de pequeno para o tamanho e importância econômica e social da atividade, contribuiu muito oferecendo soluções tecnológicas aos problemas que surgiram na implantação e consolidação da avicultura.”

Talamini também destaca que, desde a sua implantação, a Embrapa sempre trabalhou em cooperação com os produtores rurais, empresas públicas e privadas, com os sistemas de pesquisa dos Estados brasileiros e com as universidades.

“As contribuições da pesquisa no País ocorreram por meio de conhecimentos cristalizados em produtos e, principalmente, por conhecimentos que avaliavam, testavam e adaptavam sistemas de manejo, insumos e produtos desenvolvidos no Brasil e no exterior, que tinham potencial de melhorar o desempenho da nossa cadeia produtiva.”

Dentre muitos resultados, salienta o pesquisador, é possível citar os estudos que permitiram maior controle da temperatura interna dos aviários por intermédio do uso dos forros; os testes de vacinas para bronquite aviária; o desenvolvimento dos antígenos para micoplasma; a determinação da composição química dos ingredientes para ração e das exigências dos animais; o manejo e a utilização econômica dos resíduos da criação; os métodos de gestão de propriedades, da determinação dos custos de produção; e ainda da conciliação de interesses nas relações produtores e indústria.

 Projetos em execução

De acordo com Talamini, existem inúmeros projetos em execução, voltados para a avicultura, contemplando as diversas áreas do conhecimento, com o objetivo de continuar com a modernização da atividade.

“Uma das iniciativas mais recentes se refere a ações que visam ao desenvolvimento de conhecimentos e técnicas que contribuam para a modernização da avicultura de postura brasileira, composta de inúmeras pequenas e médias criações. Estudos também estão sendo realizados sobre conforto e bem estar dos frangos, que devem obter novos padrões para a ambiência na produção de frangos.”

Na mesma linha, informa o pesquisador, estão em elaboração novos projetos relacionados ao uso de métodos de nutrição de precisão. “Além dos processos técnicos importantes para a produção, existem também demandas do setor produtivo por contribuições da pesquisa que aperfeiçoem legislações, normas e serviços reguladores e fiscalizadores da produção.”

Enquadram-se nesta categoria “os estudos de política agrícola – como o seguro rural, a lei das integrações, a movimentação de estoques de ingredientes para ração, o apoio à exportação –; as proposições que melhorem as normas e a legislação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), como a modernização dos procedimentos utilizados no Serviço de Inspeção Federal (SIF) na avicultura, que atendam aos padrões internacionais e os novos conceitos de segurança dos alimentos, por exemplo, considerados muito importantes para a sustentabilidade da avicultura pelo setor produtivo”.