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Estudo

Brexit pode influenciar diretamente preços das commodities

Estudo recente realizado pela INTL FCStone traçou uma perspectiva global do mercado de commodities para o terceiro trimestre de 2016

Brexit pode influenciar diretamente preços das commodities

Estudo recente realizado pela INTL FCStone traçou uma perspectiva global do mercado de commodities para o terceiro trimestre de 2016.

De acordo com a empresa de consultoria, a recente saída do Reino Unido do bloco econômico europeu (o Brexit) pode influenciar diretamente os preços das commodities no mercado internacional.

“Em relação ao câmbio, o Brexit, por um lado, teria um efeito neutro na economia global, afirma Natalia Orvolicin, coordenadora de Inteligência de Mercado da FCStone.

“Por outro lado, o Brexit pode gerar instabilidade nos mercados financeiros, que deve ser percebida caso os dados das economias britânica e europeia exibam sinais de enfraquecimento resultante da decisão. Sob essas condições, o ambiente seria de aversão ao risco, levando os agentes a reverterem seus recursos para investimentos seguros nas economias centrais e pressionar o preço das commodities”, complementa.

Contudo, para o vice-presidente da Sociedade Nacional de Agricultura, Helio Sirimarco, “já está se formando um consenso no sentido de que o impacto do Brexit não será o inicialmente esperado”.

Variações Cambiais

No caso do Brasil, a expectativa em torno da votação final do impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, pode gerar novas oscilações cambiais, com influência direta no mercado interno de commodities.

Orvolicin, da FCStone, salienta que “a atuação do Banco Central, presidido por Ilan Goldfajn, deve ser monitorada, tendo em vista o posicionamento da instituição em relação ao futuro da taxa de juros brasileira”.

Sobre esse aspecto, o vice-presidente da SNA acredita que, “com a possibilidade de redução da Selic e com o quadro internacional calmo, a tendência é que o dólar se mantenha nos patamares atuais, com o BC monitorando e atuando para manter a estabilidade”.

Commodities

Soja 

Nesse próximo trimestre, as atenções estarão voltadas mais uma vez para os EUA, que estão preocupados com o clima no país, diante da possibilidade de um verão mais seco e quente do que o usual . No momento em que a demanda nos EUA está aquecida e que as estimativas de estoques finais estão menores, incertezas quanto a oferta de soja na próxima safra podem dar suporte aos preços no mercado futuro.

Com relação ao Brasil, Sirimarco afirma que “após o recorde registrado no primeiro semestre, a expectativa é de que as exportações devam diminuir no segundo semestre, já que com a queda do dólar, a soja brasileira perdeu a competitividade no mercado internacional”.

Milho

O segundo semestre de 2016 começou com os preços do milho em queda, tanto em Chicago quanto no mercado doméstico. Contudo, os cenários externo e interno para o cereal continuam bastante diversos. No mercado doméstico, a entrada da safrinha abriu espaço para um recuo dos preços do cereal. Mesmo assim, a situação do balanço de oferta e demanda ainda continua mais restrita e as expectativas apontam para exportações menores neste ano. “No entanto, na medida em que a colheita da safrinha evolui, fica claro que as perdas serão importantes, o que deverá manter os preços altos no mercado interno, reduzindo o volume das exportações”, explica o vice-presidente da SNA.