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Custos

BRF voltará a aumentar preços para enfrentar alta do custo do milho

Afirmação é do presidente-executivo da exportadora, Pedro Faria. Reajuste nos preços deve ser de 7% em maio.

A BRF planeja aumentar seus preços em cerca de 7% em maio para ajudar a enfrentar aumento de custos e um mercado que deve continuar desafiador até meados do ano, afirmou o presidente-executivo da fabricante de alimentos processados e exportadora de carne de frango, Pedro Faria.

Em teleconferência com analistas, Faria afirmou que o reajuste de 10% nos preços da empresa no começo do ano não foi suficiente para compensar as pressões de custo geradas pela alta nos preços do milho, principal item da dieta dos animais abatidos pela companhia.

A BRF divulgou na noite da véspera lucro líquido de 39 milhões de reais para o primeiro trimestre, uma queda de 91 por cento sobre o resultado obtido no mesmo período do ano passado.

Os custos do milho foram cerca de 60 por cento mais altos que um ano antes no primeiro trimestre por causa de escassez do grão, afirmaram executivos.

O presidente do Conselho de Administração da BRF, Abilio Diniz, afirmou que o excesso de produção de frango no Brasil, combinado com o aumento dos custos e taxas de câmbio desfavoráveis que atingiram as exportações da empresa resultaram em um dos trimestres mais desafiadores já vividos pela companhia.

Apesar dos desafios, Faria disse que a BRF ainda espera investir R$ 2 bilhões em 2016. Embora haja preocupações de que a seca possa afetar a segunda colheita de milho do Brasil, que deve vir ao mercado em maio ou junho, a BRF avalia que os preços locais do grão vão cair.

“Pode haver uma segunda colheita de milho um pouco melhor ou um pouco pior, mas os preços vão cair”, disse Faria.

A BRF tem importado milho da Argentina e Paraguai, mas afirmou à Reuters no começo da semana que não planeja aproveitar uma nova cota para comprar milho sem tarifas de países fora do Mercosul.

Às 12h44, as ações da BRF subiam 0,2 por cento, à 49,10 reais, enquanto o Ibovespa mostrava desvalorização de 0,9 por cento.