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Comércio

Cargas de frango acumulam no Paraná

Mesmo instituições que não foram citadas na Operação Carne Fraca tiveram queda considerável nas vendas

Cooperativas do Paraná, que exportam frango e não foram citadas na operação carne fraca, também sentem os efeitos das denúncias. Na região oeste, onde a maior parte da produção é exportada, as cargas estão se acumulando e muitos embarques já foram suspensos.

A cooperativa de Cascavel, no oeste do Paraná, já sente o reflexo da notícia da operação Carne Fraca. A cooperativa abate 136 mil toneladas de frango por ano e 30% do que é produzido no local é exportado. A China é o maior comprador. Vinte e duas mil toneladas são enviadas para lá todos os anos. Há uma semana, o país suspendeu o desembarque da carne brasileira.

Na câmara fria com capacidade para armazenar três mil toneladas de frango, quase não há mais espaço para estocar produto. Dilvo Grolli, presidente da Coopavel, diz que já diminuiu a produção em 10%. “Como nós não temos novos contratos de exportação e não estamos carregando para alguns países, nós temos as nossas câmaras frias chegando ao limite da capacidade a nossa primeira decisão foi diminuir o abate, retendo o frango no campo. E a segunda decisão vai ser diminuir o alojamento de pintinhos”.

Quatro cooperativas da região oeste do estado possuem um terminal ferroviário. Por semana, cerca de 180 a 200 contêineres saem de lá em direção ao porto de Paranaguá, para a exportação. Depois da notícia da operação Carne Fraca, o movimento caiu pela metade. Os contêineres estão carregados de carne, mas as cooperativas não sabem se enviam o produto. “A gente não sabe se o país de destino vai receber os contêineres. Corre-se o risco de mandar uma mercadoria via navio para o destino e ter que retornar para o Brasil, ou vender para outro destino, que nem sempre vai absorver também. Fica uma incógnita muito grande, uma indecisão do mercado”, explica Edson Vidal, gerente da unidade da Cotriguaçu.