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Rio+20

CNA e Greenpeace lado a lado na Rio+20

O veleiro "Rainbow Warrior" do Greenpeace lançou suas âncoras no píer Mauá, bem em frente ao armazém 2, onde CNA montou o seu "quartel general" durante a Rio+20.

Sabe-se lá por provocação ou ironia do destino, o veleiro “Rainbow Warrior” do Greenpeace, a mais famosa organização ambientalista do Planeta, lançou suas âncoras no píer Mauá, bem em frente ao armazém 2, onde a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a mais combativa entidade ruralista do Brasil, montou o seu “quartel general” durante a
Rio+20.

Seja como for, a vizinhança até que trouxe bons fluídos. “Não acredito em derrubada aos vetos da presidente Dilma ao Código Florestal. Não podemos ter vencedores ou perdedores na questão do Código Florestal, mas sim chegar a um consenso”, disse a senadora Kátia Abreu (PSD-TO), em entrevista coletiva no Rio de Janeiro.

A senadora, que virou manchete na edição desta segunda-feira (18/6) do jornal britânico “Financial Times” (sob o título “The rancher turned Power-broker”), propôs a criação de um índice global de desenvolvimento sustentável, que permita a abertura de mercados para países que adotam práticas ambientais corretas. E também sugeriu a criação de um fundo internacional para financiamento e difusão de tecnologia para contribuir para o desenvolvimento sustentável da agropecuária.

Dinheiro para o desenvolvimento sustentável, porém, já é carta fora do baralho nesta Rio+20. Neste final de semana, os negociadores do Rio Centro já havia eliminado do rascunho do texto final da Conferência a criação de um fundo de US$ 30 bilhões financiado por nações ricas para apoiar a economia verde. Com o aprofundamento da crise na Europa e nos Estados Unidos, os chefes do Estado não parecem dispostos a colocar a mão no bolso. Tanto é verdade, que nem devem aparecer por aqui.