O propriétario de uma chácara em Palmas, Pedro Marcelino Pinto, vai lutar na Justiça para ter a guarda de quatro emas. Os animais foram apreendidos pela Guarda Metropolitana Ambiental, no dia 15 de junho, já que segundo o órgão os animais silvestres não poderiam ser criados em cativeiro. “Eu quero legalizar a licença para poder criá-las em definitivo. Jamais eu vou me conformar. Enquanto eu estiver vida, eu vou lutar por elas”, disse o criador.
Filhotes viviam em cativeiro, em uma chácara da capital (Foto: Divulgação/Secom-TO)
Filhotes viviam em cativeiro, em uma chácara da
capital (Foto: Divulgação/Secom-TO)
O chacareiro conta que encontrou os ovos de ema, em Lagoa da Confusão, a 190 km de Palmas. “Fui com um amigo em uma plantação de melancia e lá encontrei os ovos. Eu peguei os ovos, trouxe e coloquei uma galinha para chocar. Ela criou os filhotes por uns três meses, mas como as emas crescem rapidamente, as galinhas não quiseram aceitar mais e depois eu fui criando”.
O morador de Palmas explica que as emas, três machos e uma fêmea de aproximadamente um ano, eram tratadas como pessoas da família. Comiam as frutas do quintal, tomavam banho de mangueira e dormiam em um cercado feito especialmente para elas. “No meu entender eu estava cuidando com todo o carinho. Não faltou cuidado para elas. Ficou um vazio muito grande, dói”.
Durante a apreensão, Pedro foi multado em R$ 2 mil. As emas foram levadas para o Parque Estadual de Lajeado, onde passarão por um período de observação e devem ser devolvidas ao meio-ambiente. Mas se dependender do criador, os animais ficarão com ele.
Entenda
As emas foram apreendidas após uma denúncia, no dia 15 de junho, em uma chácara na região sul de Palmas. De acordo com o guarda metropolitano, Heleno de Freitas, para criar animais silvestres é obrigatório ter o cadastro de criador e uma autorização do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins).
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