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Comentário Avícola

É sempre tempo de prevenir a Doença de Gumboro

A Doença de Gumboro uma das mais importantes e mais prevalentes na avicultura brasileira

É sempre tempo de prevenir a Doença de Gumboro

As doenças imunossupressoras exercem efeito devastador nos resultados zootécnicos dos lotes de aves comerciais, principalmente nos sistemas de produção atuais, onde a densidade populacional colabora com a disseminação destas doenças. Neste caso a integridade do sistema imune é um fator chave para defesa das aves contra os diferentes agentes infecciosos.

A Doença de Gumboro, é, sem dúvidas, uma das mais importantes e mais prevalentes na avicultura brasileira. E isso é tão verdade, que, mesmo após anos da sua primeira ocorrência no país, a indústria avícola continua investindo recursos técnicos e econômicos para sua prevenção e controle. Isso porque o vírus acomete um importante órgão linfoide primário, a Bolsa de Fabricius, e sua infecção compromete a resposta imune mediada pelos linfócitos B e produção de anticorpos.

Após infectadas, as aves tendem a responder de forma deficiente às vacinações contra outras enfermidades e ficam mais susceptíveis a outras doenças, principalmente as que atingem o sistema respiratório, como Bronquite Infecciosa e Pneumovirose. Isso se reflete nos resultados zootécnicos que resultam em perdas econômicas.

Para combater a Doença de Gumboro, o melhor caminho é a prevenção por meio da vacinação aliado a um programa de biossegurança adequado. Mais uma vez a gente volta a falar de controle integrado, que vem se tornando cada vez mais presente na avicultura.

As empresas têm um objetivo claro de tornar os programas de vacinação cada vez mais simples, porém têm o desafio de mantê-los eficientes e seguros. Desta forma o controle da Doença de Gumboro é o grande pilar dos programas vacinais, e acaba por determinar as principais datas de manejo das aves e agrupar a vacinação contra outras enfermidades.

Nos últimos anos, houve uma grande movimentação da vacinação para os incubatórios de frangos de corte, pois com a chegadas das vacinas vetorizadas e de imunocomplexos, isto se tornou viável, o que melhorou as questões relacionadas a manejo vacinal. Porém, mesmo com esta comodidade de trazer toda a vacinação para o incubatório, é imprescindível que o Médico Veterinário conheça a situação epidemiológica da Doença de Gumboro para tomar a decisão mais adequada para o controle da enfermidade na granja.

Neste sentido, podemos falar de outro tema recorrente, o uso estratégico das vacinas. As vacinas possuem mecanismos diferentes, cepas diferentes e devem ser utilizadas de forma a atender à necessidade atual de cada granja. Muitas vezes a vacinação a campo, por exemplo, pode ser a melhor estratégia para uma determinada situação. Atualmente, existem vários tipos de vacinas vetorizadas e de imunocomplexo, e estas, possuem diferenças, muitas vezes sutis, mas que podem ser cruciais para uma decisão assertiva.

Controle integrado, biossegurança e uso estratégico das ferramentas de controle, são palavras cada vez mais frequentes na indústria avícola e que farão a diferença entre o aceitável, o bom, e a excelência na produção na produção de carne de frango.