As gôndolas dos supermercados estão lotadas de produtos concorrentes disputando a preferência dos consumidores, que na maioria das vezes tem pouco tempo para decidir qual dentre todos ele irá levar. Embalagens adequadas tanto ao tipo de produto quanto às demandas desse consumidor moderno se tornaram um diferencial determinante entre o ato de o produto ir para o carrinho ou permanecer na prateleira. “
. Por isso, ela deve ser atrativa, informativa e dinâmica, trazendo informações relevantes em destaque sem ser visualmente poluída”, indica Nelys Maris Kato, coordenadora de Serviços Tecnológicos e Inovação do Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Refrigeração.
Hoje, os consumidores são altamente exigentes em relação às embalagens. Com o produto em mãos, sua avaliação momentânea envolve vários aspectos, como facilidade para abrir, praticidade no manuseio e a disponibilidade de informações claras e facilmente localizadas nos rótulos. Também, que seja simples de descartar após o uso. “Uma das funções principais da embalagem é a de proteger o produto, garantindo sua vida útil e qualidade, o que torna a compatibilidade entre o tipo de material utilizado e o produto em si algo fundamental, além de ser um meio de tornar o produto mais atrativo e competitivo no mercado”, ressalta Cassandra Meireles Terres Ribeiro, professora da Faculdade Senai, em Toledo (PR).
O desenvolvimento de uma nova embalagem é processo muitas vezes custoso para a indústria, mas que deve ser encarado como um investimento. Afinal, ela será a responsável por garantir a qualidade final do produto junto ao consumidor, além de representar a própria imagem da empresa no mercado. O custo de todo esse processo, no entanto, deve ser levado em consideração em algumas situações. Por exemplo, no caso de ele comprometer a competitividade do produto perante seus concorrentes.
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Durante esse processo de desenvolvimento é preciso estar atento a algumas tendências importantes. Uma delas é a sustentabilidade. Segundo Nelys, esse é um diferencial que ganhará relevância cada vez maior no mercado. Clientes já tem exigido das indústrias programas de sustentabilidade na hora da compra, principalmente se o destino for o mercado externo. “Acredito que em um futuro próximo, só teremos embalagens recicláveis, retornáveis e socioambientais”, afirma a coordenadora de Serviços Tecnológicos e Inovação do Instituto Senai.
Tendências
As embalagens ecologicamente corretas estão entre as principais tendências; tanto as biodegradáveis quanto as retornáveis, que por vários anos ficaram “esquecidas” e agora retornam com força na preferência do consumidor. No caso dos produtos cárneos, ganha espaço as embalagens com atmosfera modificada. O uso delas é motivado pela melhor preservação tanto da cor quanto da qualidade da carne. Por exemplo, uma embalagem com 80% de oxigênio (O2) e 20% de dióxido de carbono (CO2) contribui para a manutenção do vermelho característico de carnes frescas, além de inibir a ação de micro-organismos. “A utilização apenas do vácuo deixa a carne com cor marrom, o que muitas vezes é fator decisivo na hora da compra. O uso da mistura de gases torna o produto mais atrativo aos consumidores”, explica Julia Mattei Morandi, especialista em Engenharia de Alimentos do Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Refrigeração.
