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Produção

Exportações de carne de frango driblam crise e crescem em 2016

As exportações de carne de frango deverão encerrar o ano com elevação de 2% em relação à 2015, com total de 4,39 milhões de toneladas

Exportações de carne de frango driblam crise e crescem em 2016

Se não fossem as exportações, poderíamos dizer que a avicultura brasileira caminhou a passos curtos em 2016 – um reflexo da situação econômica vivida no Brasil aliada a falta de crédito e alta no preço dos insumos. Os dados divulgados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), não são tão animadores para o setor quanto no ano anterior. Conforme os cálculos da associação, a produção brasileira de carne de frango deverá atingir neste ano 12,9 milhões de toneladas, volume 1,8% inferior ao registrado em 2015, que foi de 13,1 milhões de toneladas.  

Os números não são de um todo negativos, as exportações de carne de frango deverão encerrar o ano com elevação de 2% em relação à 2015, com total de 4,39 milhões de toneladas – n o ano passado, o volume total embarcado foi de 4,30 milhões de toneladas.  Em receita cambial, os embarques deverão chegar a US$ 6,875 bilhões, resultado 4,1% inferior ao saldo total de 2015, que foi de US$ 7,169 bilhões.

Porém, a disponibilidade interna de carne de frango também deverá ser menor, totalizando 8,47 milhões de toneladas, dado 4% inferior às 8,84 milhões de toneladas disponibilizadas em 2015. Com isto, o consumo per capita do Brasil também deverá encerrar o ano com retração.  Estimado em 41,1 quilos por habitante, o índice de 2016 é 4,9% menor que o obtido em 2015, de 43,2 quilos per capita. “Faltou carne na mesa do brasileiro”, resumiu o presidente da associação Francisco Turra.

Em receita cambial, houve retração de 4,44% no saldo acumulado do ano, com US$ 6,275 bilhões (frente a US$ 6,567 bilhões de 2015) e de 12,9% em novembro, US$ 528,2 milhões (US$ 606,4 milhões em 2015).

Sem demonstrar muito animo, para 2017 a ABPA prevê uma elevação de 3% a 5% tanto na produção quanto nas exportações do setor. Assista a entrevista na íntegra: