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Comércio

Exportações de carnes para a china são destaques da balança comercial brasileira, em maio

Segundo a CNA, aumento nas vendas externas de carnes de frango e suína para o país asiático ultrapassou os três dígitos

Exportações de carnes para a china são destaques da balança comercial brasileira, em maio

Dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, na quarta-feira (01/06), revelaram que as exportações brasileiras alcançaram US$ 17,57 bilhões em maio deste ano, aumento de 4,78% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado de janeiro a maio, as vendas externas somam US$ 75,7 bilhões, crescimento de 2,98% em comparação com os números de 2015.

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Algumas cadeias do agronegócio foram decisivas para esse aumento nas vendas externas do país. No setor de carnes, houve incremento nas exportações de carne bovina, que chegaram a US$ 398 milhões (aumento de 8,7% em relação a maio de 2015), carne suína (US$ 113 milhões em vendas, aumento de 3,1%) e carne de frango (US$ 530 milhões, aumento de 2%).  Esses aumentos tiveram um destaque: China.

O país asiático importou 111% mais carne de frango do Brasil do que em maio de 2015.  Para a carne suína, o incremento aproximou-se de 19 mil por cento, pois no mesmo mês do ano passado as exportações dessa carne, para a China, foram de apenas US$ 70,8 mil. Para a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o câmbio mais favorável e a habilitação de novas plantas brasileiras à exportação foram fatores decisivos para o resultado obtido. Desde dezembro, os chineses habilitaram 11 novas plantas de carne de frango e seis de carne suína a exportarem ao país. No total, o Brasil possui, hoje, 39 plantas de carne de frango e 12 de carne suína aptas a exportar para a China. No caso da carne bovina in natura, a China liderou as compras do Brasil, que chegaram a 20 mil toneladas em maio, vindo em seguida Egito e Hong Kong.

Também houve aumento nas exportações de açúcar em bruto (US$ 539 milhões, aumento de 17,2%), óleo de soja em bruto (US$ 124 milhões em vendas, aumento de 36%), madeira serrada (US$ 44 milhões em vendas, aumento de 3,1%), algodão em bruto (US$ 39 milhões, aumento de 40,7%) e suco de laranja não congelado (US$ 96 milhões em vendas, aumento de 28,1%).

Importações – Em maio, as importações brasileiras somaram US$ 11,13 bilhões, valor 20,5% inferior ao do mesmo mês de 2015. Com esse resultado, no acumulado do ano, o Brasil importou US$ 53,83 bilhões, 30% a menos em comparação com o ano passado, quando as compras externas do país chegaram a US$ 77 bilhões. Contribuíram para esse resultado as quedas nas compras de trigo em grão, óleo de girassol e óleo de soja em bruto originários do Mercosul, máquinas para uso agrícola e etanol dos Estados Unidos; e carne bovina da Austrália.

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Tais resultados de exportação e importação garantiram superávit de US$ 6,44 bilhões, o melhor resultado para maio desde 1989. Já no acumulado de janeiro a maior, o superávit foi de US$ 19,68 bilhões. No mesmo período de 2015, o Brasil registrava um déficit de US$ 2,3 bilhões.

Os números da balança comercial divulgados nesta semana demonstraram a força do agronegócio brasileiro, tanto no mercado interno, liderando as vendas do país, quanto no mercado internacional, ganhando novos mercados e se consolidando ainda mais naqueles já existentes. Os dados demonstram também o papel da China como grande importador mundial de alimentos e como as proteínas animais têm sido mais demandadas pela população daquele país asiático.