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Alerta Sanitário

Mapa pede atenção dos Estados para reforçar ações de prevenção à gripe aviária

Além do reforço da vigilância em sítios de aves migratórias, haverá reforço da fiscalização em portos, aeroportos e postos de fronteira

Mapa pede atenção dos Estados para reforçar ações de prevenção à gripe aviária

AviculturaO Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) solicitou aos órgãos estaduais de defesa sanitária animal que aumentem a vigilância em estabelecimentos avícolas para prevenir a entrada da Influenza Aviária (gripe aviária) no Brasil. O Mapa emitiu nota técnica, nesta quinta-feira (19/01), detalhando as providências já adotadas para evitar casos da doença no país.

O MAPA esclareceu que, em função do aumento das notificações de ocorrências de focos de influenza aviária (IA) em diversos países do mundo, intensificou das medidas de vigilância epidemiológica e de prevenção desta doença, com destaque às seguintes ações:

  • Solicitação aos Órgãos Estaduais de Defesa Sanitária Animal para o aumento das atividades de vigilância nos estabelecimentos avícolas, assim como maior atenção em relação a todas as medidas necessárias para atendimento às suspeitas e ocorrências de influenza aviária, incluindo a disponibilidade de pessoal, material e equipamentos. Além disso, foi solicitada a realização de vigilância epidemiológica para IA em todos os sítios de aves migratórias reconhecidos pelo Departamento de Saúde Animal – DSA.
  • Intensificação das atividades de vigilância sanitária e atenção às ações de fiscalização em todos os portos, aeroportos internacionais, postos de fronteira e aduanas especiais, para diminuir o risco de entrada de IA no Brasil.
  • Proibição da entrada de aves oriundas de países onde está presente a doença e maior rigor dos requisitos para a importação de material genético de aves.
  • Emissão de Notas de Alertas ao setor produtivo quanto à necessidade de atenção às ações de biosseguridade e de vigilância epidemiológica em todos os estabelecimentos avícolas, principalmente quanto ao isolamento das aves de produção em relação às aves de vida livre, com a utilização de telas em todos aviários de produção, conforme determinado por meio da Instrução Normativa nº 56, de 4 de dezembro de 2007. As medidas de biosseguridade são fundamentais para aumentar a segurança dos estabelecimentos, diminuindo as chances de introdução e disseminação da IA.

O Mapa também alertou para a necessidade de ser feita vigilância epidemiológica em todos os sítios de aves migratórias reconhecidos pelo Departamento de Saúde Animal (DSA). Existem 20 sítios (locais) de monitoramento da entrada das aves migratórias no território brasileiro.  Eles estão localizados na Bahia, no Maranhão, em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, no Pará, em Pernambuco, no Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e São Paulo.

A fiscalização também será intensificada em todo os portos, aeroportos, postos de fronteira e aduanas. Pelo menos 197 espécies de aves podem migrar. Desse total, 53% (104 espécies) se reproduzem no Brasil e 47% (93 espécies) possuem seus sítios de reprodução em outros países.

” A influenza aviária é uma doença exótica no Brasil, nunca detectada nos plantéis avícolas nacionais, portanto, é fundamental que todos envolvidos na criação de aves mantenham um estado permanente de atenção e vigilância, para que os casos suspeitos possam ser imediatamente investigados pelo Serviço Veterinário Oficial. Destacamos que, quanto antes a doença for detectada, maiores são as chances de evitar que ela se espalhe”, descreu o Mapa ainda alertando a atenção ao aparecimento dos sintomas nas aves, que podem caracterizar casos suspeitos de IA. São eles:

  • Aumento repentino de mortalidade das aves num período de 72 horas.
  • Secreção ou corrimento ocular e nasal, tosse, espirros, diarreia e desidratação.
  • Depressão severa, apatia, diminuição ou parada no consumo de ração, incoordenação motora (sintomas nervosos), andar cambaleante e cabeça pendendo para o lado.
  • Queda drástica na produção de ovos, ovos desuniformes, de casca deformada.
  • Hemorragias nas pernas, inchaço na região dos olhos, da cabeça e pescoço, inchaço e coloração roxo-azulada ou vermelho-escura na crista e na barbela.

Caso estes sinais sejam identificados, solicita-se que seja evitado o contato com as aves suspeitas, isolamento da área e que seja procurado o médico veterinário do Órgão Estadual de Defesa Sanitária Animal ou da Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Estado. A notificação de casos suspeitos de IA também pode ser feita gratuitamente ao MAPA, pelo telefone 0800 7041995.