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Milho

Mesmo com queda do dólar, preço futuro do milho volta a subir em Paranaguá

A saca do cereal fechou a quarta-feira (6) a R$ 33,00. Em Araçatuba (SP), o dia também foi positivo, com a saca a R$ 38,10 e valorização de 11,44%. Em Não-me-toque (RS), o ganho foi de 1,28% e a saca encerrou o dia a R$ 39,50.

Mesmo com queda do dólar, preço futuro do milho volta a subir em Paranaguá

Apesar da queda do dólar, o preço do milho para entrega em setembro/16 subiu 5,43% no Porto de Paranaguá. A saca do cereal fechou a quarta-feira (6) a R$ 33,00. Em Araçatuba (SP), o dia também foi positivo, com a saca a R$ 38,10 e valorização de 11,44%. Em Não-me-toque (RS), o ganho foi de 1,28% e a saca encerrou o dia a R$ 39,50.

Na contramão desse cenário, a cotação recuou 20,84% e encerrou o dia a R$ 37,12 na região de Avaré (SP). Em Barretos (SP), a perda foi menor, ao redor de 4,75%, com a saca a R$ 39,08. Nas demais praças pesquisadas pela equipe do Notícias Agrícolas o dia foi de estabilidade.

Enquanto isso, o dólar fechou a sessão desta quarta-feira em campo negativo. A moeda norte-americana exibiu queda de 0,97%, negociada a R$ 3,6453 na venda. Na mínima do dia, o câmbio tocou o patamar de R$ 3,6374 e na máxima, R$ 3,7105. Segundo informações da agência Reuters, os investidores permanecem atentos em relação ao cenário político brasileiro devido ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Para o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, os preços  permanecem firmes diante da menor disponibilidade do cereal no mercado doméstico. Conforme levantamento realizado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) a colheita do grão da safra de verão segue bem, porém, a disponibilidade imediata ainda é considerada pequena e isso tem levado os compradores a acirrar a disputa pelo milho.

Frente a esse cenário, desde o início da segunda quinzena de março, o ESALQ/BM&F Bovespa (base Campinas -SP) trabalha próximo de R$ 50,00 a saca de 60 kg. Paralelamente, “a dificuldade de encontrar o cereal no mercado interno, principalmente grandes lotes, agentes ligados à produção de proteína animal já tem feito algumas importações de países vizinhos como Paraguai e Argentina”, informou o centro em nota.

“Já temos em torno de meio milhão de toneladas importadas de países vizinhos. Esse fator acaba sendo uma variável de pressão psicológica no mercado. Acredito que o mercado já tenha atingido o pico e deve começar a baixar agora. E temos a safrinha do Oeste do Paraná que já saiu do período de risco e Mato Grosso do Sul, as lavouras apresentam boas condições. Precisamos ficar atentos nas safras de Mato Grosso e Goiás, pois temos um veranico previsto em abril, o que pode influenciar as produções”, ressalta o consultor.

Bolsa de Chicago
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) finalizaram em alta pelo segundo dia consecutivo. As principais posições do cereal encerraram o pregão desta quarta-feira (6) com ligeiros ganhos, entre 0,50 e 1,25 pontos. O vencimento maio/16 era cotado a US$ 3,58 por bushel.

De acordo com o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, os preços ainda operam de maneira técnica e atrelados às informações vindas do financeiro. “Não temos novas informações nesse instante, com isso, as cotações tentam sustentar o patamar de suporte de US$ 3,50 por bushel”, explica.

Outro fator que também contribuiu para a movimentação positiva foi o ganho e mais de 5% registrado no preço do petróleo bruto, conforme destacou o analista e editor do site internacional Farm Futures, Bob Burgdorfer. “Da mesma forma, o dólar mais baixo no cenário internacional também influenciou o direcionamento dos preços. Além disso, temos previsões climáticas indicando tempo mais frio no Centro-Oeste dos EUA na próxima semana, o que pode retardar o início do plantio de primavera”, informou.

Inclusive, Brandalizze sinaliza que de agora em diante esse deve ser o foco do mercado internacional. “Temos o começo da semeadura em pontos isolados nos EUA, os dados do relatório semanal de progresso de culturas do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) não mostrou números significativos para a cultura”, completa.