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Pesquisa

Pool de microrganismos benéficos está em fase final de validação

Testes já foram realizados em escala piloto em diferentes regiões produtoras do Brasil e em diferentes culturas agrícolas, como batata, tomate, cenoura, feijão, soja, milho e trigo

Pool de microrganismos benéficos está em fase final de validação

A Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), por meio do apoio financeiro da Fapesp e em parceria com a empresa RevBio – Serviços em Sanidade e Nutrição Vegetal Ltda., vem pesquisando, desde de 2017, um novo probiótico vegetal, composto por um pool de microrganismos benéficos, advindos de plantas sadias de espécies cultivadas. Conforme o pesquisador responsável André May, “os testes já foram realizados em escala piloto em diferentes regiões produtoras do Brasil e em diferentes culturas agrícolas, como batata, tomate, cenoura, feijão, soja, milho e trigo”.

Os microrganismos são extraídos das plantas por um processo industrial inovador, com patente depositada no INPI pelas empresas parceiras, por meio de equipamentos de médio porte capazes de manter a viabilidade dos ativos biológicos por longo período. Ainda de acordo com o pesquisador, “as pesquisas já revelaram ganhos bastante significativos em condições reais de cultivo, com dados de elevação de produtividade que variam de 10 a 40%, dependendo da cultura e das condições ambientais do local de cultivo”.

“O produto tem se mostrado também um importante imunoprotetor, reduzindo a incidência de pragas e doenças, permitindo, inclusive, o cultivo sem defensivos agrícolas, conforme o caso, ou com o seu uso minimizado, em situações mais severas”, destaca May.
 
O projeto encontra-se agora na sua etapa final, que visa a produção dos ativos para atendimento de demandas comerciais mais significativas, por meio da planta piloto implantada com apoio da Fapesp, pelo programa Pesquisa Inovativa para Pequenas Empresas (Pipe), nas instalações da empresa parceira RevBio. “Há ainda um longo caminho pela frente, mas os resultados conquistados até agora mostram que a proposta tecnológica tem viabilidade comercial e pode ser cientificamente comprovada”, acredita o pesquisador.