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Avestruz

Propriedades do óleo de avestruz

Apesar de pouco divulgado no Brasil, o óleo de avestruz tem propriedades terapêuticas e estéticas muito poderosas.

Propriedades do óleo de avestruz

A estrutiocultura brasileira caminha a passos lentos. O avestruz, que antes era uma grande aposta da avicultura, hoje está praticamente esquecido. Infelizmente muitos avicultores não sabem do grande potencial econômico que esta ave possui. Além de carne, pluma e couro, o Avestruz também pode fornecer um produto pouco divulgado no Brasil – o óleo.

O óleo de avestruz é extraído da gordura do animal, localizada na região abdominal da avestruz. De acordo com a enfermeira e cosmetóloga Gláucia Camargo de Oliveira, o produto tem propriedades terapêuticas e estéticas muito poderosas. “O óleo de avestruz possui alto poder de hidratação, absorção e revitalização cutânea”, explica Gláucia. “Ele também pode ser utilizado como cicatrizante e antiinflamatório em casos de contraturas e outros tipos de inflamações cutâneas”.

Segundo a cosmetóloga, o produto é novo no Brasil, mas já é bastante utilizado em países como Inglaterra, França, Austrália e EUA. “Rico em ácidos graxos essenciais, além de possuir vitamina E e D, o óleo de avestruz é um cicatrizante e antiinflamatório natural e atua como agente de reconstituição da epiderme, a camada mais superficial da pele, tem efeito suavizante e é eficaz na redução de rugas e a melhora da tonicidade da pele”, destaca Gláucia. “Também é indicado para combater dores musculares, dores reumáticas, artrites, artroses, cicatrizações de cortes, queimaduras,  alergias, assaduras. Apresenta bons resultados em tratamentos de fibromialgias, acelera a perda de gordura [principalmente na região abdominal], favorece a definição de massa muscular, oferece proteção antioxidante e ainda ajuda o organismo na contínua produção de substâncias antiinflamatórias”.

Mercado- Para o estrutiocultor gaúcho Ernesto Hattge Filho, proprietário do Clube do Avestruz, o negócio do óleo de avestruz tinha boas perspectivas há dois anos, porém, a situação atual da estrutiocultura brasileira não permitiu grandes avanços. “Não há incentivos para a criação de avestruz. Há dois anos fizemos um investimento legal pra desenvolvimento do óleo [processo de extração, certificação, etc.] e quando tudo ficou pronto o negócio havia quebrado”, explica Ernesto. “Hoje vendemos o óleo que temos em estoque, mas não produzimos mais”.

Para Ernesto, o avestruz poderia ser uma ave bastante lucrativa e o óleo seria apenas mais um agregador de renda. “Gostaria muito que o negocio do avestruz voltasse a se desenvolver, acredito ainda na sua viabilidade, mas por enquanto ta dificil”, conclui o produtor, deixando sua “dica” aos avicultores do Brasil.

Opinião- Manoel Piveta Assunção, vice-presidente da Associação dos Criadores de Avestruz do Brasil (Acab), enviou seu parecer sobre a produção de óleo de avestruz no País. Leia a íntegra:

No Brasil existe pelo menos uma  indústria de cosméticos voltada exclusivamente ao uso do óleo da avestruz, e esta introduzindo com sucesso no mercado, também existem muitas especulações no setor tendo em vista as extraordinárias propriedades desse óleo. Quanto a produção é certo que esta amarrada na demanda e do contrario ela segue no bojo dos descartes do abate para as graxarias.

O óleo de avestruz diante da febre que estamos observando especialmente em utilização na fabricação de produtos para estética, seguramente a curtíssimo prazo  deve ser totalmente absorvido e certamente agregará entre 15% a 20% no preço final do avestruz, que nas mesmas condições observamos a procura pela canela e fêmur, além da carne, das plumas e do couro que hoje compõe o preço da ave.

O que podemos salientar de importante para o setor é o PNCRC que a passos largos acena como concluído ainda esse ano e certamente será o norte de nossa atividade.