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Agroindústria

Receita líquida da BRF atinge R$ 8,5 bilhões no segundo trimestre de 2016

Resultado é 7,6% superior ao registrado no segundo trimestre do ano anterior; Companhia comercializou mais de 1 milhão de toneladas de alimentos no período  

Apesar do cenário conjuntural desafiador, a receita operacional líquida da BRF avançou 7,6% no segundo trimestre do ano (2T16), se comparado com o mesmo período do ano anterior, chegando a R$ 8,5 bilhões. O índice foi impulsionado por preços médios mais altos e maiores volumes. No período, a companhia comercializou mais de 1 milhão de toneladas de alimentos em todo o mundo. Ásia e Europa foram as regiões que mais cresceram.

A Companhia também investiu R$795 milhões no período, a fim de suportar a expansão global e a estratégia de longo prazo. Entre abril e junho, a empresa concluiu os processos de aquisição das argentinas Campo Austral e Calchaquí; aumentou a participação acionária de 40% para 100% na composição da AKF, distribuidora sediada no Omã; e aprovou a constituição de uma subsidiária “Sadia Halal”, que deterá os ativos relacionados à produção, distribuição e comercialização de alimentos destinados aos mercados muçulmanos.

A alta do preço do milho e do farelo de soja impactaram o lucro bruto da companhia, que atingiu R$ 1,9 bilhão, queda de 24% no comparativo com o 2T15. Já o EBITDA atingiu R$ 944 milhões, queda de 31,6% no mesmo comparativo. Dados do setor indicam que a alta do milho e o excesso de oferta de produtos teve o seu auge no segundo trimestre do ano. Diante deste fato, é possível vislumbrar o início de recuperação na lucratividade do produtor de frango brasileiro.

“No 1T16 salientamos que estávamos vivenciando um momento setorial brasileiro bastante desafiador. Este momento adverso foi intensificado durante o segundo trimestre com a produção e oferta de frango ainda em expansão, preço do milho escalando para níveis recordes, forte apreciação cambial e deterioração do cenário econômico brasileiro”, explica Pedro Faria, CEO Global da BRF.

Desempenho Regional

Embora a Ásia e a Europa/Eurásia tenham registrado o maior crescimento em volume no segundo trimestre do ano, se comparado com o mesmo período do ano anterior, com índices de 42,9% e 15,3%, respectivamente, Brasil e Oriente Médio/Norte da África (MENA) seguem como os principais mercados da companhia. Juntas, todas as regionais da empresa comercializaram 1,1 milhão de toneladas de alimentos no período analisado.

O mercado brasileiro apresentou-se ainda mais desafiador no segundo trimestre de 2016. No período, a Companhia registrou uma contração nas vendas. A receita operacional líquida da região ficou em R$ 3,6 bilhões, queda de 5,3% se comparado com o resultado do ano anterior. Foram comercializadas na região 495 mil toneladas de alimentos no período.

Já a regional conhecida como MENA, que compreende os países do Oriente Médio e Norte da África, apresentou crescimento substancial na comercialização de itens processados, alta de 56,2% quando comparado com igual período do ano anterior. A receita operacional líquida obtida na região atingiu R$ 1,6 bilhão, alta de 1,3% se comparado com o mesmo período de 2015.

A receita líquida operacional obtida na regional Ásia totalizou R$ 1,3 bilhão, alta de 40,3% se comparado com o resultado obtido em igual período do ano anterior. Este crescimento ocorreu principalmente em função do incremento de volumes originado pela consolidação integral das operações da GFS, empresa tailandesa adquirida pela BRF no início do ano. O fato também está relacionado a volumes adicionais advindos da China e da recuperação de preços no Japão.

A receita líquida operacional obtida na regional Europa/Eurásia atingiu pouco mais de R$ 1 bilhão, alta de 21% se comparado com o resultado obtido em igual período do ano anterior. Este crescimento está relacionado ao aumento em volumes e preços médios em reais. Vale ressaltar que o crescimento na região foi impactado positivamente pela consolidação da Universal Meats, também adquirida pela BRF no início do ano.

A região Latam, que compreende todos os países da América, exceto o Brasil, apresentou um crescimento expressivo na comercialização de itens de maior valor agregado: 25,1% no período analisado.  Importante ressaltar que este crescimento está relacionado às aquisições das argentinas Campo Austral e Calchaquí, que foram parcialmente consolidadas no trimestre. A receita líquida obtida na região atingiu R$ 511 milhões, alta de 11,7% quando comparado com igual período de 2015.

A receita líquida operacional obtida na regional África totalizou R$ 199 milhões, alta de 15,3% se comparado com o resultado obtido em igual período do ano anterior. O segundo trimestre do ano marca efetivamente uma nova fase da BRF na África subsaariana, com um time de gestão baseado e focado exclusivamente no continente. A estratégia da região permanece em linha com a estratégia global, ou seja, avançar na cadeia de valor e desenvolver produtos diferenciados e com marca.