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Rio+20: a união valeu à pena - por José Annes Marinho

Com desafios cada vez maiores impostos pela sociedade: onde precisaremos produzir mais no mesmo local e ainda com o crescimento acelerado do número de bocas para alimentar, teremos que continuar respeitando o nosso maior bem: o planeta.

Rio+20: a união valeu à pena - por José Annes Marinho

E agora, caros amigos, será que após mais uma conferência chamada Rio + 20, o Agro saiu de cabeça erguida? Será que teremos mais pressão por sermos o país que mais faz pela economia verde? Um fato que me chamou atenção foi a união e a liderança das entidades para mostrarem o que o Agro brasileiro conseguiu contribuir para o país: já foi um grande alento. Com desafios cada vez maiores impostos pela sociedade: onde precisaremos produzir mais no mesmo local e ainda com o crescimento acelerado do número de bocas para alimentar, teremos que continuar respeitando o nosso maior bem: o planeta.
Em um artigo anterior comentei minha expectativa sobre a conferência, em um pequeno trecho que plagio novamente: “tudo leva a crer que a Rio + 20 pode ser um local de discussões para alinhar importantes ações para o crescimento agrícola mundial com sustentabilidade”. De fato, para o Agro, a Rio+20 foi um ambiente extraordinário, mostramos para muitas pessoas que vivem nos centros urbanos e para o mundo as nossas contribuições, nossa preocupação em produzir cada vez mais de forma sustentável – buscando equilibrar os três pilares da sustentabilidade:  econômico, social e ambiental. Unimos segmentos, que pouco se falavam, esquecemos interesses e nos preocupamos com a agricultura brasileira. Tudo isso deveria ser mais exercitado por nossas lideranças. O importante disso tudo é: não podemos esquecer estes três aspectos já que, um deles em desequilíbrio, não condiciona a atividade ao conceito sustentável.
A Rio + 20 foi um fórum político, que pouco avançou assim como foi a Eco92. Muitos esquecem os três pilares e discursam para poucos. Ainda estamos muito aquém do realmente poderíamos fazer pelo planeta. No ramo Agro: olhando e analisando, estamos bem na frente, mas ainda podemos fazer mais e tenham certeza que será feito para que o modelo agrícola existente no Brasil possa ser cada vez mais eficiente e nos permita matar a fome de milhares de pessoas, aumentando a produção e buscando o equilíbrio com o meio ambiente.
Enfim, o Agro deu seu recado aos milhares de visitantes de todos os cantos do mundo. Mostramos e valorizamos o que fazemos e praticamos a economia mais verde do mundo. Fica somente meu repúdio para aqueles que acreditam que a violência e a baderna resolvem: na realidade, não sabem o que estão fazendo, destruindo o que no futuro poderá ser o seu sustento. No momento recordei de uma imagem que me marcou: a destruição da fazenda da Cutrale. Isso não leva a nada, somente os bons perdem. Espero que justiça seja feita. Produtores, líderes Agro, empresas, entidades, entre outros: parabéns por mostrarem o que o Agrobrasileiro é e ainda será! Aguardemos pelos próximos 20 anos e acreditem: o melhor está por vir.

Por José Annes Marinho, Engenheiro Agrônomo, Gerente de Educação da Associação Nacional de Defesa Vegetal – Andef