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Soja volta a perder fôlego

Depois de sete sessões seguidas de alta, os preços da soja fecharam pelo terceiro pregão consecutivo em baixa, nesta quinta-feira no mercado de futuros de Chicago

Depois de sete sessões seguidas de alta, os preços da soja fecharam pelo terceiro pregão consecutivo em baixa, nesta quinta-feira no mercado de futuros de Chicago.

Os ganhos na segunda quinzena de novembro foram superiores a 70 cents por bushel, elevando os preços ao melhor patamar em quatro meses; agora, as perdas já somam 26 cents por bushel. Em grande parte, tanto na escalada positiva, quanto neste momento de queda, a atuação dos fundos tem figurado com predominância na formação do preço.

O farelo tem sido a perna fraca na composição do preço. Ao mesmo tempo, os preços do óleo vem ganhando força por duas razões. A primeira, pela quebra de produção do concorrente, óleo de palma, no sudeste asiático. A segunda, pela influência positiva derivada dos fortes ganhos observados no mercado de petróleo.
Fechamentos: janeiro a U$ 10,2975, baixa de 2,5 cents/bu e março a U$ 10,39, baixa de 2,25 cents/bu.

Exportações 

As exportações de soja dos EUA totalizaram 1,4 milhão de tons no decorrer da última semana. Na temporada, as exportações somam 41,8 milhões de tons, ante 32,8 milhões de tons do mesmo período da estação anterior. Os dados fazem parte do relatório semanal de exportações, divulgado pelo USDA.
Na semana, os embarques alcançaram 2,4 milhões de tons, elevando o total da estação para 24,2 milhões de tons, contra 19,4 milhões de tons do mesmo intervalo do ciclo passado. O ritmo segue forte, em nível recorde, tanto nas vendas quanto nos embarques e tem sido um dos principais vetores para manter os preços firmes. O USDA prevê vendas externas de 55,8 milhões de tons nesta temporada.

O mercado segue monitorando de perto o ritmo de venda dos EUA para a China, pois, se nos portos chineses os estoques se apresentarem adequados, e se a safra brasileira e argentina tiverem boa performance, é provável que os importadores comecem a pensar em compras na América do Sul já nas próximas semanas. Os desajustes políticos e econômicos no Brasil, bem como a provável elevação dos juros nos EUA, podem acelerar a desvalorização do Real, tornando nosso produto mais competitivo comparativamente ao norte-americano.

Mercado interno 

Operações domésticas seguem lentas. Preços ganham mais volatilidade porque, além das oscilações na bolsa norte-americana, a taxa de câmbio passa por um período de turbulências – o que cria expectativas positivas sobre os preços no médio prazo. Nesta jornada o Real foi depreciado em 2,4%.
Indicações de compra no oeste do estado entre R$ 75,50 e R$ 77,00 por saca, dependendo do local de embarque e do prazo de pagamento. Em Paranaguá, chance de negócios entre R$ 80,50 e 81,50 por saca.