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Comentário avícola

Vamos conversar sobre controle integrado?

O que muita gente esquece é que, quanto mais sofisticado o modelo de produção, mas atenção devemos dar aos detalhes do processo produtivo

Vamos conversar sobre controle integrado?

Que a avicultura é um dos ramos mais tecnificados da pecuária, todo mundo já sabe. O que muita gente esquece é que, quanto mais sofisticado o modelo de produção, mais atenção devemos dar aos detalhes do processo produtivo, pois é exatamente neles que se escondem as perdas de desempenho zootécnico e econômico.

Em outros tempos, procurávamos produzir animais saudáveis, que não apresentassem sintomas clínicos de enfermidades, com este avanço nós passamos a nos preocupar com doenças sub clinicas ou até mesmo com agentes, que via de regra, não causam doença clinica nas aves, como é o caso da Salmonella Enteriditis e S. Thiphymurium, que são uma fonte de prejuízos importante nos dias de hoje.

Quando pensamos que a rentabilidade está escondida por trás da terceira casa decimal, qualquer ganho deixado para trás irá refletir na viabilidade da produção. E quando pensamos que o consumidor está cada vez mais exigente e disposto a pagar um pouco mais por um produto diferenciado, esta rentabilidade, que é tão apertada, pode se tornar uma grande aliada do produtor.

Os programas de Biossegurança e Bem Estar animal que ficavam restritos à granja, hoje envolvem toda cadeia produtiva, chegando às prateleiras dos supermercados através do rótulo e merchandising no ponto de venda, e o consumo, que anteriormente era incentivado apenas pelo preço, hoje encontra nichos importantes que pagam por este diferencial.

No caso da escolha das matérias primas ou mesmo dos programas de anticoccidianos, não é muito diferente. As decisões tomadas no momento da compra destes produtos são parte deste controle integrado, produzir alimento seguro é uma tarefa árdua, e todo esforço durante a produção poderá ter sido em vão.

Falando em prevenção à enfermidades, não nos restringimos apenas à escolha do programa vacinal. Atualmente escolhemos as cepas mais adequadas aos desafios da propriedade, optamos por rotacionar programas para “esfriar” a granja e melhorar a eficiência dos produtos existentes no mercado. E estes, cada vez mais específicos e tecnológicos.

O controle integrado é combinar todos estes fatores, saber qual o momento certo para cada produto ou programa, ficar atento aos números para garantir retorno financeiro, sabendo quem será o público alvo e direcionando as ações para atingir cada objetivo. E o veterinário é o profissional capaz de fazer interface com todos os elos destra cadeia, garantindo que este controle seja realmente integrado.