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Avestruz

<p>Acab e Sindan profissionalizando os medicamentos para avestruz.</p><p></p>

Redação AI (20/08/07) – A Associação dos Criadores de Avestruzes do Brasil – ACAB, realizou uma reunião com o Sindicato Nacional das Indústrias de Produtos para Saúde Animal – SINDAN, no dia 16 de agosto, na sede do SINDAN, em São Paulo (SP).

Durante o encontro, por intermédio de seu presidente, Luis Robson Muniz, a ACAB apresentou a atual realidade da estrutiocultura brasileira, declarando que o Brasil possue o 2º maior plantel de aves no mundo, sendo ainda o 5º maior produtor de carne de avestruz no ranking internacional. Muniz comentou a importância do avestruz ter indicações próprias de dosagens, tipos de aplicação, assim como procedimentos e cuidados de manuseio com o medicamento, considerando as especificidades da criação racional do avestruz.

Muniz esclareceu, que a estrutiocultura já se encontra industrializada, onde cita que no Brasil, há pelo menos 30 marcas de carne de avestruz no mercado. No entanto, não possue sequer um único medicamento que seja oficialmente específico para a criação. A maioria dos criadores aplica os fármacos utilizados para outras espécies, via de regra, tomando como base de dosagens, única e exclusivamenter o peso corporal do avestruz.

"Como estamos colocando a carne de avestruz no mercado, o controle de resíduos agora será obrigatório, logo, temos que doutrinar o setor a utilizar medicamentos testados e recomendados para os avestruzes, onde tenhamos segurança de estar oferecendo para o consumidor de nossa carne, um produto com biossegurança alimentar e qualidade incontestáveis", afirma o presidente.

Rodrigo Moreira Dantas, fiscal federal agropecuário, do Departamento de Fiscalização de Insumos e Pecuários – DFIP, representando o Ministério da Agricultura, citou que a preocupação da associação era exemplar e legítima, afiançando que o DFIP dará todo apoio e prioridade para a regulamentação do avestruz nas bulas dos medicamentos, dado o estado avançado em que se encontra a cadeia produtiva do avestruz no Brasil.

Na oportunidade, o Dr. Milson da Silva Pereira, diretor executivo do SINDAN, declarou que a entidade possui 91 laboratórios filiados e, que via no segmento do avestruz um novo nicho de mercado para os mesmos. "Iremos passar uma circular para nossos laboratórios associados e, realizar um work shop na sede do SINDAN, expondo as necessidades de estudos e fabricação de medicamentos e vacinas voltadas para o avestruz, onde a farmacocinética dos mesmos, deverá ser estudada especificamente para esta ave, a fim de garantir a eficácia e segurança de uso dos fármacos.

A ACAB se responsabilizou em tempo hábil passar a lista dos medicamentos mais utilizados na atividade. Uma discussão prévia entre técnicos do setor que participaram da reunião: Paulo Henrique Sá Maia – Diretor Técnico Regional Norte – ACAB, Stefano Volpi, Diretor Agro-Industrial Sudeste – ACAB, Christianne Neves, zootecnista – ACAB e, Denise Sandreschi, Diretora Técnica Industrial – AEPE, sugere que a mesma lista do escopo de medicamentos presentes no Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes – PNCRC do Avestruz, seja entregue para os laboratórios filiados ao SINDAN.

A próxima reunião deverá ocorrer ainda na primeira quinzena de setembro, onde os laboratórios interessados, juntamente com a ACAB, discutirão qual a melhor forma de viabilizar no tempo mais racional possível, a inserção do avestruz nas bulas dos medicamentos, o que favorecerá o surgimento de um novo arsenal terapeútico de fármacos, voltados exclusivamente para a atividade de estrutiocultura industrial.