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Manejo

Temperatura corporal de matrizes suínas sob estresse calórico - métodos e horários de avaliação

Na busca por métodos práticos para determinação da temperatura corporal, objetivou-se investigar a variação da temperatura corporal determinada pelo termômetro digital

Temperatura corporal de matrizes suínas sob estresse calórico - métodos e horários de avaliação

.Boa parte das instalações do setor de maternidade da suinocultura brasileira proporciona conforto térmico para os leitões, uma vez que em sua maioria dispõe de escamoteador para esse fim. Todavia, as condições de alojamento podem não ser adequadas para as fêmeas lactantes, uma vez que o calor pode se tornar fator estressante (TURCO, et al. 1998). Alguns autores relatam que a conduta comportamental durante a lactação das matrizes suínas pode ser influenciada devido a diversos fatores, sendo um deles, a exposição a altas temperaturas. O calor provoca estresse às matrizes que por sua vez alteram seu comportamento alimentar e a conduta maternal, o que pode refletir na piora do desempenho de suas leitegadas (RODRIGUES et al., 2010; MARTINS et al., 2008a; MARTINS et al., 2008b). Diante desse contexto, da produção animal sob condições de estresse calórico, a hipertermia e a febre são alterações recorrentes, que necessitam ser diferenciadas e identificadas, rotineiramente, em granjas tecnificadas. Atualmente, a forma mais comum para se aferir a temperatura corporal consiste da utilização de termômetros por via retal. Considerando o perfil atual da suinocultura tecnificada, de concentração de matrizes em menor número de granjas, a aferição da temperatura corporal utilizando-se da via retal torna-se laboriosa. Nesse sentido, objetivou-se investigar a variação da temperatura corporal determinada pelo termômetro digital e àquela determinada em diferentes regiões anatômicas (região sacral, último par de glândulas mamárias e na vulva) utilizando-se termômetro de infravermelho, sob condições de estresse calórico.

Material e métodos

O estudo foi conduzido no Laboratório de Produção Animal – Suinocultura, do Instituto Federal Goiano – Campus Ceres. Conforme Koopen (1948), o clima da região se caracteriza como tropical com estação seca (Aw). Foram utilizadas 39 matrizes suínas (Landrace x Large White), sendo 12 primíparas, 11 de segunda ordem de parto e 16 com três ou mais partos, alojadas sob estresse calórico, no intuito de investigar a variação da temperatura corporal determinada pelo termômetro digital via retal (reto), àquela determinada com o uso do termômetro de infravermelho em diferentes regiões anatômicas de superfície corpórea (região sacral (Dorso), último par de glândulas mamárias (mama) e na região da vulva). As matrizes tiveram aferidas as temperaturas no primeiro, segundo, terceiro, quinto, sétimo, nono, 11º, 13º e 15º dias após o parto, às 07:30 e 12:00 h (evitando-se os momentos de pós-alimentação). Com relação às variáveis ambientais foram obtidas as temperaturas de máxima e de mínima pela manhã (07:30 h), com auxílio de termômetro alocado na altura dos animais. Para a leitura de temperatura de superfície corpórea a distância entre o dispositivo e o corpo do animal variou entre 10 e 20 cm, para melhor precisão. Com objetivo de identificar as regiões anatômicas que minimizassem a amplitude interquartílica da temperatura corporal aferida utilizando-se de termômetro de infravermelho, os dados obtidos foram utilizados para construção de gráficos de caixa (Boxplot), sendo a precisão da temperatura corporal, aspecto secundário. A diferença entre a mediana da temperatura retal e a obtida em diferentes regiões anatômicas foi também calculada (Δ).

 

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