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Evento

4º Circuito RedeAgro começa amanhã

Encontro reúne empresários e especialistas em debate sobre Gestão de Pessoas.

Começa hoje (05/11), a 4ª edição do Circuito RedeAgro. Apontado como um dos principais encontros do agronegócio nacional, o evento debaterá o tema Gestão de Pessoas, destacando a relevância da metodologia para o processo de desenvolvimento e sustentabilidade do negócio. O encontro acontece em Nova Lima – região metropolitana de Belo Horizonte – e terá dois dias de programação, com a participação de nomes renomados da área como os professores da Fundação Dom Cabral (FDC), Sigmar Malvezzi e Kedma Nascimento.

A RedeAgro é uma aliança estratégica, idealizada pelas empresas Prodap, Dow AgroSciences, Tru-Test, John Deere, TOTVS, Valley, com o apoio da Fundação Dom Cabral, que tem a missão de ampliar as discussões sobre a gestão no agronegócio, gerando conhecimento de alto nível para os empresários e contribuindo para o fortalecimento do setor. A programação do circuito, contará diariamente com duas palestras e uma mesa redonda para debate de temas do cotidiano das empresas.

Um dos palestrantes do evento é o professor da Fundação Dom Cabral, na área de Organizações e Comportamento Organizacional , e professor no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), Sigmar Malvezzi, que discorrerá sobre o tema Gestão de Recursos Humanos e Liderança. O especialista defende que os entre os principais passos para se alcançar um nível de excelência na Gestão de Pessoas está o desenvolvimento da liderança e de uma cultura de cooperação. “Tudo o que for feito pela empresa deve levar em conta os vínculos dos indivíduos. Sem vínculos consistentes, o compromisso fica enfraquecido”, afirma.

Para o professor, o envolvimento das pessoas com o objetivo da empresa é fundamental para a sustentabilidade do negócio, principalmente em momentos de crise. “Hoje, as estruturas e a empresa não dão conta. Para atingir as metas, as organizações requerem complementação de empreendedorismo. Por isso, existe a necessidade do desempenho artesanal das pessoas”.

Além de Malvezzi, o CEO da SCL Agrícola, Aurélio Pavinato, ministrará palestra sobre o tema no primeiro dia do evento. Em seguida, acontece um debate amplo sobre Gestão de Pessoas, em formato de mesa redonda, em que os palestrantes se unirão a gestores de grandes empresas do agronegócio, como Christian Pereira, diretor de Marketing de Crop Protection para a RCU Brasil, João Rebequi, diretor-presidente da Valmont Brasil, Jorge Antônio Pires, fundador da Concremax e Romeu Schmeider, presidente da Agroluz, para discutir a excelência dessa prática.

Na sexta-feira, dia 6, a programação será focada na geração de conhecimento para os empresários participantes. A mestre em Educação e professora associada da FDC nas áreas de Gestão de Pessoas, liderança, desenvolvimento de equipes e autodesenvolvimento de executivos, Kedma Nascimento apresentará profunda discussão sobre os desafios da Gestão de Pessoas. Já Wagner Silva, compartilhará um pouco de sua experiência à frente da diretoria Recursos Humanos da Anglo American.

O segundo dia de programação se encerra com a realização de um painel sobre as tendências da Gestão de Pessoas, que reunirá, além dos palestrantes principais, o CEO da Prodap, Leonardo Sá, e os gerentes de RH da Prodap, Guilherme Reis, e da TOTVS, Renata de Souza. ”As pessoas são fundamentais para a sustentabilidade do negócio. Por isso, é preciso manter uma gestão focada no desenvolvimento, valorização e motivação das pessoas, para que elas se comprometam com a busca pelos resultados”, defende Leonardo Sá.

Conhecimento virtual

Durante o evento, será lançado o Portal RedeAgro, uma plataforma digital interativa que fomentará a troca de conhecimentos e o networking entre empresários do agronegócio. O portal terá um conceito colaborativo, permitindo que os usuários publiquem conteúdos, interajam e acessem informações relevantes para o setor. A interface entre o usuário e o portal dependerá de um cadastro simples e gratuito, que originará um login e uma senha de acesso.

RedeAgro

A RedeAgro é a aliança estratégica do agronegócio formada por empresas com soluções sinérgicas e guiadas por um único objetivo: gerar soluções e conhecimento de alto nível para os principais empresários e gestores do agronegócio do Brasil.

Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono mostra as soluções tecnológicas para o tratamento dos dejetos suínos e a importância do uso racional da água e da ração
Utilizar de forma coerente os recursos naturais e mostrar as melhores soluções tecnológicas para o tratamento de dejetos na suinocultura brasileira são alguns dos pontos estudados dentro do Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono. O projeto tem como objetivo avaliar e disseminar alternativas economicamente viáveis para o tratamento de dejetos na suinocultura, tecnologia preconizada pelo Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC). Os modelos serão difundidos por meio dos Fóruns sobre Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono nas principais regiões produtoras do Brasil. O primeiro fórum acontece no município paranaense de Marechal Cândido Rondon, no dia 24 de novembro, e o segundo evento ocorrerá em Belo Horizonte/MG, no dia 07 de dezembro.

O médico veterinário e consultor do projeto, Cleandro Pazinato Dias, analisou a produção sustentável da carne suína com foco no uso coerente dos recursos naturais. Ele destaca que antes do debate sobre as soluções tecnológicas mais apropriadas para o tratamento de dejetos na suinocultura brasileira, é necessário focar nos aspectos relacionados à gestão racional da água e da ração. “Ou seja, antes de tratarmos os resíduos precisamos ser eficientes no uso dos insumos básicos da produção”, ressalta.

Dessa forma, Cleandro desenvolveu três tópicos para explicar o funcionamento dos recursos naturais e as tecnologias para a suinocultura de baixa emissão de carbono. A cada edição deste boletim informativo será apresentado um capítulo da pesquisa. O primeiro é “O Uso Racional da Água”, o segundo “O Uso Racional da Ração” e o terceiro “Soluções Tecnológicas para o Tratamento dos Dejetos de Suínos”.

O médico veterinário destaca na introdução do artigo que a utilização excessiva da água aumenta a quantidade de resíduos (água residuária) e a dispersão da matéria orgânica nos efluentes, dessa forma, como resultado, haverá mais custo para o manejo e o tratamento de dejetos, aumento do volume do sistema de armazenamento, maiores custos para o transporte e utilização como fertilizante e maior uso de recursos hídricos.

“Outro exemplo, é a utilização de rações formuladas com os melhores padrões científicos e fornecida de maneira adequada, proporcionando menores volumes de dejetos e menor excreção de nutrientes”, destaca. No artigo, ele cita que a atuação não deve se concentrar unicamente na fase posterior a geração dos dejetos, mas em todo o ciclo da suinocultura, desde o uso dos recursos, depois o tratamento dos dejetos e por último no destino adequado e racional dos produtos oriundos dos processos tecnológicos de tratamento, como o biogás e o adubo/ fertilizante orgânico.

Nesse processo, ele destaca a biodigestão e a compostagem, que tem como produto final, respectivamente, o biogás e o biofertilizante. São métodos tecnológicos na suinocultura brasileira para tratar os dejetos e mitigar as Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), além de ser econômico para o bolso do produtor.

“Os produtos destas soluções tecnológicas podem se tornar fontes de renda para o produtor, podendo-se destacar o biogás utilizado para gerar energia elétrica, térmica e mecânica, e o fertilizante líquido que pode substituir os adubos químicos na agricultura. Da mesma forma, o adubo orgânico sólido gerado na compostagem pode ser aproveitado na própria propriedade como fertilizante, substituindo os adubos químicos e aumentando o nível de matéria orgânica no solo ou também pode ser comercializado fora das áreas de alta concentração da produção de suínos”, diz.

Cleandro destaca também que para o uso dessas tecnologias no tratamento de dejetos suínos possam ser utilizadas com maior eficiência é necessário o uso de um plano de gestão de água e da ração nas propriedades produtoras de suínos.

“Portanto, os resíduos da produção de suínos que naturalmente podem causar danos ambientais, quando devidamente tratados, podem se tornar agentes de sustentabilidade ambiental e econômica da atividade suinícola”, destaca.