ABPA: soma que multiplica - por Odacir Klein
Aplaudo o surgimento da Associação Brasileira de Proteínas Animais – ABPA - no contexto das entidades representativas do agronegócio. Resultou da fusão da União Brasileira de Avicultura – Ubabef - e da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína - Abipecs.
Pode parecer que a avicultura e a suinocultura têm interesses diferentes, ensejando diversidade reivindicatória. No entanto, muitas são as convergências entre as duas áreas.
Os produtores de suínos e os de aves, normalmente, têm perfil assemelhado. Exercem atividades, na maioria dos casos, de forma integrada entre a produção, a indústria e até o comércio. As rações necessárias são quase idênticas e, muitas vezes, para consegui-las – e seus componentes - é preciso competir com preços internacionais.
Tanto a avicultura como a suinocultura produzem proteínas animais com amplo consumo no mercado interno, mas com expressivas exportações.
No campo tributário, têm situações muito assemelhadas no que diz respeito ao aproveitamento de créditos e a influência dos tributos nos custos determinantes para a competição, inclusive com produtores do exterior.
Tanto a Ubabef como a Abipecs se constituíam em expressivas entidades, com respeitabilidade e bem dirigidas. Juntas, obviamente, terão divisões internas para contemplar os assuntos específicos de cada área. Agirão, no entanto, com maior força, tanto nos mercados como na reivindicação institucional.
Somaram para multiplicar resultados.
Tenho certeza de que as cadeias produtivas da avicultura e suinocultura terão imensos benefícios com a decisão e o Brasil ganhará muito com ela.
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