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Investimentos

Agrogalaxy busca R$ 400 milhões em IPO reformulado

Plataforma de varejo de agronegócio voltada a pequenos produtores deve relançar operação na segunda-feira

Agrogalaxy busca R$ 400 milhões em IPO reformulado

A Agrogalaxy decidiu seguir com um IPO com oferta restrita e vai buscar uma captação de R$ 400 milhões, apurou o Pipeline. A companhia planejava uma oferta com distribuição pública no início do ano, mas acabou cancelando o IPO em março, quando a volatilidade de mercado afetou a demanda pelos papéis.

A operação deve ser relançada na segunda-feira, com precificação prevista para a mesma semana. A demanda atual está na casa de 1,3x o book e a companhia e os coordenadores esperam subir o número até o início da semana para ter margem para emplacar o IPO.

Plataforma de varejo com quase 100 lojas, a Agrogalaxy vende insumos agrícolas e serviços a pequenos e médios produtores. A companhia foi criada pela Acqua Capital, gestora especializada no mundo agro, a partir da aquisição de marcas regionais, entrando também na produção de sementes, armazenamento de grãos e estruturação de financiamento. A gestora Spectra também é acionista da companhia.

No desenho inicial do IPO, a companhia pretendia levantar ao menos R$ 1,2 bilhão, e resolveu reformular a operação em volume consideravelmente menor. Mudança relevante é que a captação agora será exclusivamente primária – na primeira tentativa, uma parte relevante era secundária e já deixaria a companhia sem controlador.

A Agrogalaxy tem dito a investidores que o caixa será aplicado em abertura de lojas e expansão do canal digital, eventuais aquisições e na verticalização, com produtos private label, trazendo para dentro do balanço parte da receita com parceiros financeiros.

O ajuste deve ajudar a companhia nas novas conversas com investidores institucionais, uma vez que parte deles tinha gostado do negócio no início do ano, mas tinha considerado os múltiplos altos num negócio de margens mais apertadas. No ano passado, a receita líquida aumentou 27%, para R$ 4,1 bilhões, e o Ebitda saltou 29%, para R$ 254 milhões, com  margem de 6%.

A companhia também fez uma alteração no grupo de coordenadores — saiu J.P. Morgan e entrou Safra. O Itaú BBA segue como líder, em sindicato também composto por UBS, XP e ABC Brasil.