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Projeção

Após semestre desafiador, produção de frango não deve crescer mais que 1% em 2017

As exportações em 2016 fecharam o ano com resultado positivo em 1,9%

Após semestre desafiador, produção de frango não deve crescer mais que 1% em 2017

CarnesCom um primeiro semestre conturbado, resultando de crises na indústria de proteína animal, como era de se esperar, a inicial estimativa para o crescimento da produção e exportação de carne de frango em 2017, entre 3% – 4%, foi reduzida a no máximo 1% – cerca de 13,1 milhões de toneladas. A projeção foi apresentada na manhã desta terça-feira (11/06) pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Segundo a associação, no setor avícola é notável uma expressiva retomada do ritmo das vendas desde os impactos decorrentes da divulgação da Operação Carne Fraca.  Em relação a maio, o desempenho de junho, em toneladas, foi 6,2% superior.  Já em relação a abril, imediatamente após a operação, os embarques de junho deste ano apresentaram elevação de 15,1%.  “Nestes dois meses, os impactos decorrentes da Operação – especialmente em relação aos entraves logísticos resultantes dos dias de suspensão aplicadas logo após a divulgação da Operação, pouco antes da conclusão dos esclarecimentos apresentados pelo Ministério – foram absorvidos nas vendas internacionais. Os impactos na participação brasileira no mercado internacional foram mínimos”, ressaltou a associação.

As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) fecharam o ano de 2016 com resultado positivo em 1,9%, totalizando 4,384 milhões de toneladas – um recorde histórico.  Em 2015, foram exportadas 4,304 milhões de toneladas – melhor desempenho alcançado até então.

Receita aumenta e volume sofre queda no semestre

A receita dos embarques de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura, processados e embutidos) entre janeiro e junho deste ano superaram em 5,9% o total obtido no mesmo período do ano passado.  Ao todo, foram US$ 3,585 bilhões em 2017, contra US$ 3,384 bilhões no ano anterior.

Em volume, houve retração de 6,4% na comparação entre o primeiro semestre deste ano e de 2016. No total, foram 2,121 milhões de toneladas entre janeiro e junho de 2017, frente a 2,266 milhões de toneladas no mesmo período do ano anterior.

Considerando apenas o mês de junho, houve retração de 9,9% nos volumes embarcados, com 370,9 mil toneladas no sexto mês deste ano e 411,8 mil toneladas no mesmo período de 2016. Em receita, a queda foi de 6,4%, com total de US$ 619,5 milhões em junho deste ano, e de US$ 661,5 milhões em 2016.

“A menor oferta internacional de produtos decorrente de diversos fatores – como os focos de Influenza Aviária, inclusive, em diversos grandes exportadores – foram determinantes para uma melhora no preço internacional do setor, o que permitiu obter níveis de receita cambial favoráveis, especialmente neste momento em que nossas exportações se reorganizavam após as suspensões dos embarques”, indicou o levantamento da associação com base em dados informados pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). 22 países permanecem com focos ativos de Influenza Aviária.  Desde novembro, 55 países registraram focos da doença.