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1º semestre

Avicultura e suinocultura impulsionam PIB de MG, aponta Cepea

Desempenho, por sua vez, é reflexo principalmente da Peste Suína Africana que assola principalmente a China

Avicultura e suinocultura impulsionam PIB de MG, aponta Cepea

O Produto Interno Bruto (PIB) do Agronegócio de Minas Gerais, calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, cresceu 1,53% no primeiro semestre de 2019. Assim como observado no agronegócio brasileiro, o setor em Minas Gerais também foi impulsionado pelo ramo pecuário, que acumulou alta de 4,87% no período. Os principais responsáveis pelo crescimento, segundo os analistas, foram a avicultura e a suinocultura.

O segmento primário teve alta de 2,81% no estado mineiro, devido ao crescimento verificado para a pecuária, de 6,27%. As atividades que tiveram destaque positivo pelo seu crescimento de faturamento foram a avicultura e a suinocultura. E esse desempenho, por sua vez, é reflexo principalmente da Peste Suína Africana que assola principalmente a China e também outros países asiáticos e que, desde então, tem mantido aquecida a demanda internacional pela carne brasileira e impulsionado os preços domésticos.

O leite também apresentou resultados positivos em decorrência do aumento do preço – reflexo da redução da oferta e da maior disputa pela matéria-prima junto à indústria de derivados.

Já o segmento primário agrícola recuou 2,62%, pressionado pela menor produção esperada. Neste caso, o café, principal cultura do estado mineiro em termos de participação no valor bruto da produção agrícola, apresentou redução tanto em volume (-16,8%) quanto em preço (-15,6%), culminando em queda de 29,7% no faturamento. Além disso, as culturas de milho, soja e cana-de-açúcar, de alta relevância no segmento para o estado, também registraram queda de faturamento.

AGROINDÚSTRIA

O PIB da agroindústria mineira caiu 0,51% no primeiro semestre. Esse cenário foi resultado da queda para a agroindústria de base agrícola (-0,99%), tendo em vista o crescimento (de 1,74%) para a de pecuária. No caso do agrícola, o desempenho negativo esteve associado às quedas observadas em importantes atividades, como o etanol hidratado e a indústria têxtil. Já a alta no segmento pecuário se deve ao avanço verificado em quase todas atividades industriais pecuária acompanhadas (com exceção para carne de vacas), com destaque para suinocultura e avicultura.

INSUMOS

Em consonância com o agronegócio nacional, o segmento de insumos mineiro se destacou em crescimento no primeiro semestre de 2019, com resultados positivos nos dois ramos, de 10,34% para o agrícola e de 3,16% para o pecuário.