Em reunião Riyadh, capital da Arábia Saudita, a comitiva oficial brasileira teve como uma de suas pautas o pedido de adiamento para os rígidos critérios exigidos pelo Governo Árabe ao abate halal. O Governo brasileiro pediu por mais 60 dias para que passe a valer tais critérios. Ao final da reunião ficaram estabelecidas as assinaturas de um protocolo de intenções com o objetivo de estreitar a relação entre os países e de um termo de cooperação técnica para troca de experiências.
O abate Halal é requisito religioso para acessar o mercado de vários países árabes. De acordo com o Mapa, a Arábia Saudita cada vez mais restringe o acesso, mas o Governo Brasileiro apresentou um trabalho técnico-científico realizado pela Embrapa, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), explicando que o procedimento usado no Brasil segue rigorosamente os preceitos estabelecidos no abate Halal.
A reunião contou com a presença do Secretário-Executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Eumar Novacki, que foi recebido pelo Vice-Ministro Ahmed bin Saleh Al Ayadah do Ministério da Agricultura, Meio Ambiente e Águas do Governo Saudita.
A Arábia Saudita é o principal destino das exportações agropecuárias do Brasil no Oriente Médio. Em 2017, as exportações brasileiras somaram mais de US$ 2,6 bilhões de dólares. O frango é o principal produto, com 591 mil toneladas exportadas, que renderam mais de US$ 1 bilhão de dólares.
Na reunião, o Vice-Ministro disse que o País tem todo o interesse em estreitar relação com o Brasil, parceiro comercial há mais de 40 anos. Na primeira semana de maio, o Governo Saudita enviará missão técnica para habilitação do Brasil na exportação de bovinos vivos.