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Evento

Brasil precisa negociar melhor com os países da Ásia, aponta Marcos Jank

Especialista participou de encontro do Rabobank que reuniu produtores e especialistas rurais para discutir gestão e governança

Um encontro de gerações que reuniu fundadores, sucessores e especialistas do agronegócio com um objetivo em comum: planejar o futuro de olho nas mudanças do presente. Esse foi o tom do evento “Mudar Pra Quê?”, promovido pelo Rabobank Brasil, e que aconteceu no final de novembro, em São Paulo.

 Entre os temas tratados no encontro, destaque para os desafios da gestão do negócio rural. O assunto foi amplamente discutido pelas diferentes gerações presentes ao evento, que abordaram a questão levando em conta a experiência dos grandes produtores e clientes, e os avanços e conquistas dos participantes do Agrolíderes, programa focado em gestão e promovido há 10 anos pelo Rabobank. O encontro também focou nas mudanças das relações humanas, especialmente as familiares, provocadas pelos avanços tecnológicos.

 De acordo com Paulo Rodrigues, sócio do Condomínio Agrícola Santa Izabel e participante do Agrolíderes, mudanças são necessárias, mas devem ser encaradas como um processo gradual, dando tempo especialmente para as primeiras gerações se adaptarem. “É fundamental promover o alinhamento de ideias: precisamos todos juntos definir o que queremos e onde queremos chegar”, disse o produtor.

 Falando sobre tendências do agronegócio mundial, o convidado Marcos Jank, especialista em questões globais do agronegócio e atual vice-presidente de assuntos corporativos da BRF na Ásia, conversou com os participantes sobre como acompanhar o desenvolvimento do setor e listou quais devem ser as principais potências agrícolas dos próximos 15 anos. “Com o crescimento da classe média, a Ásia se consolida hoje como nosso grande destino para exportação, mas o Brasil precisa negociar melhor com os países daquela região, e especialmente com a China”, explica. Além de dar um panorama sobre o setor, Jank abordou também os desafios da infraestrutura e a oportunidade de o Brasil diversificar e agregar mais valor à pauta exportadora, reduzindo a dependência pela venda passiva de commodities básicas.

Para Fabiana Alves, Diretora do Rural Banking do Rabobank Brasil, tanto o banco como a produção nacional ganham muito quando eventos assim reúnem, em um mesmo ambiente, duas gerações para refletir sobre o futuro do agronegócio. “Queremos discutir soluções para os desafios que existem da porteira para dentro, mas também da porteira para fora”, disse.

É assim que o Rabobank espera garantir o fornecimento sustentável de alimentos aos 9 bilhões de habitantes que o mundo terá até 2050. “Ao incentivar que os produtores tenham boas práticas de gestão e governança, estamos assegurando um futuro sustentável e próspero dos negócios familiares”, enfatizou a executiva.