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Mercado

Brasil quer ampliar exportações de frango halal para o Egito

Em 2017 embarques para aquele país cresceram 74%

Brasil quer ampliar exportações de frango halal para o Egito

Da esquerda para direita: Ruy Amaral, embaixador do Brasil no Cairo; Ali Saifi, diretor executivo da CDIAL HALAL e Dr. Salah Al-jaafarawi, representante do ISESCO no EgitoSomente de janeiro a novembro de 2017, o Brasil exportou 138 mil toneladas de frango para o Egito, o que representa um aumento de 74% em relação ao ano passado. E para 2018, certificadores já buscam aumentar esse número e fortalecer ainda mais o comercio de produtos halal para aquele país.

De acordo com informações da Certificação Halal (Cdial Halal) em torno de 34% da produção de frango no Brasil (com certificação halal) se destina ao Oriente Médio. Somando os países islâmicos (não árabes) e comunidade islâmica em países não muçulmanos, a porcentagem aumenta para 50% para mercado internacional (importante: produção de frango com certificação halal).

Diretor executivo da Cdial Halal, Ali Saifi, em viagem ao Egito tem realizado várias reuniões com ministérios e autoridades que possam facilitar os procedimentos e aproximação entre o Brasil e o Egito. “Trabalhamos nas habilitações e certificações com diversos países. Nosso objetivo é fazer com que as empresas, que já trabalham com estes países, permaneçam a fazer negócios e obviamente abrir novas oportunidades”, ressalta Ali.

Referência global em Certificação Halal, a certificadora mantém parcerias estratégicas com empresas de alimentos de classe mundial. Cresceu focada no seu negócio com atividades relacionadas ao abate de frangos, perus, patos e bovinos, incluindo também produtos industrializados. Assim, nos dias 10 e 11 de dezembro, Ali Saifi, diretor executivo da CDIAL HALAL, esteve reunido no Cairo, Egito, com o embaixador do Brasil, Ruy Amaral e com o representante no Egito do ISESCO, Salah Al-jaafarawi.

Durante o encontro, foram discutidos vários temas importantes, dentre eles o comércio bilateral Brasil e Egito.  “Há várias empresas no Brasil que estão interessadas em fazer parte da exportação de produtos halal para comunidade islâmica. Discutimos a importância de assistir estas empresas, para que este mercado cresça. Tivemos uma reunião com Ahmed Abdel Karim Badea, do Ministério da Agricultura, que ficou muito entusiasmado com os trabalhos que estamos desenvolvendo referentes ao halal. Eles querem nos ajudar no que for preciso, para que as empresas exportadoras do Brasil possam abrir mercado e oferecer produtos de qualidade com certificação halal”, comenta Ali Saifi.

Sobre produtos halal

O alimento permitido no Islã, de acordo com a regras de Deus escritas no Alcorão, é denominado Halal, que em árabe significa lícito, autorizado, ou seja, alimentos que seguem 100% todas as normas da jurisprudência islâmica para consumo dos muçulmanos.

As normas básicas a serem seguidas para o abate halal são: os animais devem estar saudáveis, aprovados pelas autoridades sanitárias e que estejam em perfeitas condições físicas. Antes do abate, o profissional muçulmano que irá realizá-lo deve dizer a frase “Em nome de Alá, o mais bondoso, o mais Misericordioso. Todos os equipamentos e utensílios devem ser próprios para o abate halal. A faca deve ser bem afiada para que seja feira apenas uma sangria que reduza o sofrimento do animal. O corte deve atingir a tranqueia, o esôfago, artérias e a veia jugular, para que todo o sangue do animal seja escoado e o animal morra sem sofrimento. Inspetores muçulmanos acompanharão todo o abate, uma vez que eles são responsáveis pela verificação dos procedimentos.