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Cai superoferta de frango no país

Apesar do novo avanço na produção, a disponibilidade interna diminuiu.

Redação AI 30/08/2002 – A produção brasileira de carne de frango voltou a bater recorde em julho, alcançando 645,1 mil toneladas, 15,2% a mais que no mesmo mês de 2001, segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Pinto de Corte (Apinco). Apesar do novo avanço na produção, a disponibilidade interna diminuiu em relação a junho e alcançou 505,5 mil toneladas, 9,1% superior a julho de 2001.

O aumento das exportações em julho explica a menor disponibilidade no mês, de acordo com José Carlos Godoy, secretário-executivo da Apinco. As vendas externas somaram 139,6 mil toneladas, 45,2% a mais que em julho do ano passado.

Conforme Godoy, esse inesperado crescimento das exportações decorreu dos maiores embarques para a Rússia enquanto o Estados Unidos estiveram fora daquele mercado por questões sanitárias. “O Brasil entrou na brecha deixada pelos Estados Unidos”.

Além disso, a alteração na tributação do frango salgado na Europa também levou empresas que têm licenças de importação até meados de outubro a apressar os embarques. “Esse crescimento das exportações surpreendeu o setor. Mas é preciso ressaltar que é um movimento temporário”, disse Godoy. Isso porque os EUA já entraram em acordo com a Rússia para retomar as exportações e há expectativa de redução de embarques para a Europa após outubro.

Na avaliação do Oto Xavier, da Jox, outro motivo para o mercado de frango ter ficado mais enxuto é que os frigoríficos estão abatendo aves com 2,2 quilos, abaixo do peso normal de 2,4 quilos. “As empresas estão vendendo aves mais leves para tentar reduzir custos com ração”.