Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Conteúdo Técnico

Cálcio na dieta de galinhas poedeiras

Com base na hipótese de que existe variação na exigência e na eficiência de absorção e utilização dos minerais pelas aves de postura, faz-se necessário avaliar os níveis de exigências nutricionais e o efeito de diferentes fontes de calcário e sua digestibilidade para poedeiras

A hen with white feather
A hen with white feather

Por Edemar Aniecevski, Gabriel Rossatto, Felipe Leite, Fernanda Danieli Antoniazzi Valentini, Heloísa Pagnussatt, Alícia Dal Santo, Gustavo Zaccaron, Leonardo Miguel Fabiani, Caroline Schmidt Facchi, Gilnei Elmar Bosetti, Paulo César Guarnieri, Gabriela Miotto Galli, Fernando de Castro Tavernari, Tiago Goulart Petrolli

 

Os programas de melhoramento genético estão em contínuo aprimoramento e conforme há o desenvolvimento das linhagens, há a necessidade de novas avaliações e reajustes nos níveis nutricionais utilizados nas dietas das galinhas poedeiras. Duas das mais importantes tabelas de exigências nutricionais utilizadas como fonte para a estruturação de formulações para poedeiras leves, que os nutricionistas frequentemente recorrem no Brasil, são as Tabelas Brasileiras (Rostagno et al., 2017) e os manuais exclusivos de linhagem. Contudo, há diferenças entre elas, sendo possível destacar os níveis de cálcio e fósforo, minerais que exercem diversas funções no metabolismo das aves (Bertechini, 2007), além de serem os principais componentes da casca dos ovos (Ahmed et al., 2013). Rostagno et al. (2017) recomendam consumo constante de cálcio e fósforo (g/ave/dia), enquanto os manuais de linhagem recomendam valores inversamente proporcionais ao longo do período de criação (aumento de cálcio e diminuição de fósforo), gerando grande discrepância nos níveis destes minerais utilizados nas dietas.

Adicionalmente, outro aspecto ainda a ser elucidado na nutrição de poedeiras refere-se à utilização de calcário para o atendimento dos níveis dietéticos de cálcio. As fontes de cálcio mais utilizadas são compostas por calcário calcítico, mineral extraído de jazidas minerais, os quais apresentam variações em sua composição e solubilidade, fatores que deveriam ser considerados na formulação das rações. Cada fonte de cálcio tem sua particularidade química e física e podem afetar a retenção de cálcio corporal. Dessa forma, maximizar a digestibilidade e o aproveitamento mineral tornam-se importante para garantir a sustentabilidade da cadeia produtiva, diminuindo o custo de produção e minimizando a excreção, com consequente redução da contaminação ambiental provocada pelos dejetos, reduzindo também a necessidade de exploração natural de novas jazidas, levando ao esgotamento das reservas mundiais (Li et al., 2016).

 

Confira o estudo completo na Edição 1308 da Revista Avicultura Industrial