Centro Brasil no Clima defende continuidade das ações do programa Estado Carbono Neutro
O objetivo do encontro foi o de estabelecer parâmetros para que as políticas já implementadas por Mato Grosso do Sul por meio do programa Estado Carbono Neutro 2030 tenham continuidade na próxima gestão
Defendendo o legado e a continuidade das políticas de sustentabilidade de Mato Grosso do Sul, representantes do Centro Brasil no Clima (CBC) participaram, nesta quinta-feira (19), de uma reunião com o governador Reinaldo Azambuja e com o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck.
O diretor-executivo do CBC, Guilherme Syrkis, explicou que o objetivo do encontro foi o de estabelecer parâmetros para que as políticas já implementadas por Mato Grosso do Sul por meio do programa Estado Carbono Neutro 2030 tenham continuidade na próxima gestão. “Mato Grosso do Sul está desempenhando um ótimo trabalho na política climática. É muito importante também que isso tenha continuidade no próximo governo. A gente veio aqui se colocar à disposição deste final de governo e pedimos para concluir tudo que precisa ser entregue, para deixar um legado que tenha continuidade. Nós entendemos que política climática não é uma questão de Governo, mas de Estado”, explicou Syrkis.
Já o consultor sênior Fábio Feldmann destacou que o protagonismo de Mato Grosso do Sul é importante também para projetar uma imagem positiva do Brasil e apresentou um apelo para que o governador Reinaldo Azambuja trabalhe por uma legislação ambiental para o Pantanal. “Viemos dizer que queremos que Mato Grosso do Sul continue com esse protagonismo na próxima gestão e também conversar com o governador no sentido que queremos que ele lidere no Brasil uma legislação ambiental para o Pantanal. Você tem biomas protegidos na Constituição, no artigo 225, e o único bioma que tem uma legislação é a Mata Atlântica. No caso do Pantanal, nós queremos muito uma legislação porque acreditamos que a sobrevivência depende de uma lei federal que regulamente até fora do Pantanal. Então, viemos fazer um apelo que de fato a gente consiga fazer isso. Tem um projeto de lei do Blairo Maggi, mas queremos um projeto mais arrojado que garanta de fato uma governança e um desenvolvimento ambiental”.
Syrkis e Feldmann também entregaram uma relação com 10 propostas para o meio ambiente, mas muitas delas já são contempladas pela política ambiental de Mato Grosso do Sul. O secretário Jaime Verruck destacou que o CDC é um grande parceiro do Estado e que ambos caminham na mesma direção. “Praticamente todos os itens apresentados na pauta como integração Lavoura-Pecuária-Floresta, agricultura de baixo carbono, carne de baixo carbono, redução de metano. Tudo isso está dentro do portfólio de Mato Grosso do Sul. Existe uma aderência muito forte das políticas estaduais de sustentabilidade em relação com aquilo que está sendo proposto pelo CDC”, explicou Verruck.
O Centro Brasil no Clima é uma instituição que trata das mudanças climáticas, fruto da iniciativa Rio Climate Challenge (RCC) - um evento paralelo à Conferência Rio + 20 da ONU, em 2012. Guilherme Syrkis é formado em Educação Executiva pela Harvard Kennedy School e tem mestrado em Política Energética e Ambiental pela Universidade de Chicago com bolsa da Obama Foundation. Já Fábio Feldmann atual no movimento ambientalista há mais de 40 anos. Foi deputado constituinte da Constituição de 1988, responsável pelo capítulo sobre meio ambiente, secretário estadual de Meio Ambiente de São Paulo (1995-1998), um dos fundadores do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (2020) e membro oficial da delegação brasileira em inúmeras COPs (Conferência das Partes, órgão supremo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima).
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