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Codorna de corte alavanca lucro de agricultores do DF

Comparado a outras criações, a coturnicultura proporciona um investimento relativamente baixo por depender de pouco espaço, pouca mão de obra, e principalmente por ter retorno rápido do capital investido

Codorna de corte alavanca lucro de agricultores do DF

O ovo de codorna é muito consumido entre os brasileiros, mas no Distrito Federal é a carne da ave que traz maior rentabilidade a pequenos produtores. A atividade exige pouco espaço, baixo investimento e o lucro por animal pode chegar a 100%.

Comparado a outras criações, a coturnicultura proporciona um investimento relativamente baixo por depender de pouco espaço, pouca mão de obra, e principalmente por ter retorno rápido do capital investido.  De acordo com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) apenas um metro quadrado é suficiente para a criação de 50 codornas. Este número rende cerca de 10 quilos de carne. O preço do quilo está custando R$ 25.

O técnico em agropecuária da Emater-DF José Gonçalves acredita que, para o pequeno agricultor, a atividade é uma excelente alternativa para gerar emprego e renda. Por isso, há cerca de 10 anos, ele sugeriu para agricultores familiares do Gama (DF), onde mora, que investissem na produção de codornas. Não só eles acataram a sugestão, como receberam a assistência técnica para isso. Hoje, 27 agricultores familiares fazem parte da Cooperativa Brasil Cerrado e em cinco pontos do DF eles criam o animal. Localizada no Gama, a cooperativa vende uma tonelada de codorna congelada, embalada a vácuo, por semana. 

Além do ganho sobre a ave, o cooperado pode também ser remunerado fora da cooperativa com a agregação de valor do produto. Isso acontece quando a codorna é vendida processada e/ou temperada, e a rentabilidade chega a dobrar. Para o presidente da cooperativa, Moisés dos Santos Silva, o mercado é muito bom para o setor e a produção é muito rápida. “O comércio abriu as portas para este produto e o cooperado consegue lucrar de 80% a 100%”, afirma.

A Emater-DF presta assistência para a cooperativa desde o início, em 2008, com cursos de criação de codornas e produção, vacinas para os animais e qualificação dos produtores rurais. De acordo com José Gonçalves, a codorna é um animal de pequeno porte não precisa de grande ambiente para a produção. “A maioria das propriedades variam de 2 a 5 hectares e esse espaço é suficiente para ter um plantel grande”, explica o extensionista.

A cooperativa planeja, com o auxílio da Emater-DF, vender carne de codorna para programas como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) a partir de janeiro de 2017.