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Com marca, Brasil pode multiplicar exportações

Esta foi a tese defendido por Dorothéa Werneck durante o Congresso Brasileiro de Marketing Rural.

Da Redação 12/03/2002 – Animada com os avanços das exportações brasileiras em setores não tradicionais, a diretora da Agência de Promoção e Exportação (APEX), Dorothéa Werneck, disse durante sua palestra no VII Congresso Brasileiro de Marketing Rural promovido pela Associação Brasileira de Marketing Rural, nesta segunda-feira (11/03) em São Paulo,que o Brasil pode multiplicar o volume exportado se souber diversificar os mercados e desenvolver as marcas dos produtos nacionais, seja através da marca do País, do produto ou do setor, de modo a potencializar os investimentos com benefícios a todos os envolvidos.

Atualmente, a APEX conta com 130 projetos em execução que resultaram, em 2001, no crescimento de 13,8% das exportações. O destaque, segundo a ex-ministra da Indústria e Comércio ficou com o segmento da carne suína que ampliou as vendas externas em 108% para países como China, Índia e países árabes e africanos. “Quanto maior a diversificação, menor o risco”, alertou.

Em sua exposição aos 300 participantes do Congresso, Dorothéa Werneck mostrou algumas marcas nacionais e seus respectivos programas estaduais já desenvolvidos tais como o Brazilian Beef e South Brazilian Beef, o Brazilian Chicken, Brazilian Leather, South Brazilian Fruits, Taste of Brazil, Flora Brasilis e Cafés do Brasil. A seu ver, é necessário analisar a questão dentro da cadeia produtiva para que a APEX, que funciona dentro da estrutura do Sebrae, com recursos subsidiados, possa atuar na preparação da empresa/setor para exportar, adequando o produto, sua embalagem e design, promovendo as vendas e prospectando mercados.

Antecedendo a ex-ministra, o vice-presidente do Conselho da Associação de Cafeicultores da Região do Cerrado (Caccer), Aguinaldo José de Lima, falou sobre como diferenciar commodities e criar marcas reconhecidas e valorizadas. O consultor científico da Illy Café, Aldir Teixeira, entende que para deixar de ser commoditie é necessário eliminar o elevado grau de defeitos do café do Brasil que é de 700 defeitos por 300 gramas. Apesar disso, é o maior produtor e o maior exportador mundial. Nesse contexto, o Illy Café, com a introdução de padrões de qualidade, conseguiu reduzir para apenas 12 o número de defeitos por 300 gramas, o que garantiu a presença da marca em 75 países.