Com R$ 235 milhões do BNDES, a Aurora quer quadruplicar produção em frigorífico
Uma vez concluído, o projeto vai gerar quase quatro mil novos empregos permanentes na unidade de Guatambú, próxima a Chapecó
Com financiamento de R$ 235 milhões, que representam 49% dos recursos totais que serão investidos no projeto, a cooperativa Aurora vai quadruplicar a capacidade de produção de um de seus frigoríficos de abate de aves na cidade catarinense de Guatambú. A medida é um esforço conjunto entre a Aurora e as onze cooperativas singulares associadas, que participarão com investimento próprio no projeto. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria com um consórcio de outras três instituições financeiras, apoiará a expansão da capacidade produtiva da cooperativa.
De acordo com comunicado da cooperativa e do BNDES, uma vez concluído, o projeto vai gerar quase quatro mil novos empregos permanentes na unidade de Guatambú, próxima a Chapecó. Serão criados ainda outros 700 postos de trabalho temporários durante a fase de implantação.
"O apoio do BNDES às cooperativas agrícolas tem impacto em um número relevante de pequenos produtores, os cooperados, que, além de conseguirem agregar valor aos produtos por meio da sua própria agroindústria, ainda alcançam maior poder de barganha na aquisição coletiva de insumos e tecnologias, algo que, isoladamente, não conseguiriam", destaca o chefe do Departamento do Complexo Agroalimentar e Biocombustíveis do BNDES, Mauro Mattoso.
Do total aprovado pelo BNDES, R$ 58,9 milhões — viabilizados com recursos do Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop) — serão repassados diretamente à Aurora e à Cooperativa Agroindustrial Alfa (Cooperalfa), uma de suas associadas, e os R$ 176,1 milhões restantes serão repassados por meio de operação indireta, intermediada pelos bancos BRDE, Safra e ABC Brasil. Nas operações indiretas, os bancos repassadores garantem a operação ao BNDES e negociam com o cliente final a sua taxa de risco.
Além de aumentar a capacidade brasileira de produção de carne e gerar renda no campo, os investimentos incentivam a cadeia nacional de bens de capital, já que será necessária a aquisição e instalação de máquinas e equipamentos voltados às diversas etapas do processo produtivo: abate, extração, armazenagem, congelamento e embalagem.
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