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Confira a edição 1308 da Revista Avicultura Industrial

Influenza Aviária volta a ser alvo de atenção e é tema da edição 1308 da Revista Avicultura Industrial

Confira a edição 1308 da Revista Avicultura Industrial

O governo russo notificou à Organização Mundial de Saúde (OMS) em fevereiro deste ano casos de contaminações em humanos com a cepa H5N8, de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). Os registros se deram em funcionários de uma granja de postura comercial no país, onde ocorreu a mortalidade de 11% das 900 mil aves alojadas. As infecções se deram de aves para humanos, sem ocorrência de transmissão entre pessoas. Os funcionários tiveram apenas sintomas leves, sem maiores complicações.

O caso chamou extremamente a atenção por ser o primeiro registrado em humanos com a cepa H5N8, muito embora casos esporádicos envolvendo pessoas tenham sido identificados ao longo dos anos com os subtipos H5N1 e H5N6. Sendo, claro, o H5N8 pertencente ao mesmo clado genético do H5N1, que surgiu na Ásia em 1996, e começou a se rearranjar com outras neuraminidases.

O fato mais intrigante, no entanto, é a característica do H5N8 causar grande mortalidade em uma diversificada variedade de aves silvestres. O vírus da Influenza Aviária normalmente é mortal para as aves domésticas, mas sem a mesma virulência nas silvestres, o que não tem ocorrido com o H5N8, que se mostra mais virulento com maior taxa de replicação. Estudos vêm sendo conduzidos com os marcadores genéticos responsáveis por este aumento de virulência dos vírus H5N8 em aves silvestres, mas ainda sem conclusões específicas.

O cenário pede atenção dos organismos ligados tanto à saúde animal quanto humana. Pela sua alta capacidade de rearranjo, os subtipos são uma constante ameaça à avicultura, causando enormes prejuízos econômicos em importantes países produtores, como Estados Unidos e China. O Brasil, embora livre da enfermidade, precisa redobrar os seus cuidados sanitários e de vigilância ativa e passiva.

Em relação à saúde humana, a monitoria dos casos é fundamental para evitar riscos de eventuais pandemias. Uma célula infectada por dois tipos de vírus de Influenza cria a possibilidade de um rearranjo dos seus segmentos gênicos, o que poderia levar ao surgimento de novas estirpes virais.

Em matéria publicada nesta edição, a especialista da USP, Helena Lage Ferreira, debate o tema em todas as suas variações, com informações importantes para toda a classe veterinária e médica. Confira.

Uma boa leitura!
Humberto Luis Marques

 

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