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Economia

Consumidor mais exigente espera por mudanças de agroindústrias no mercado brasileiro

CEOs das maiores agroindústrias de proteína animal do país debatem fatores de competitividade

Consumidor mais exigente espera por mudanças de agroindústrias no mercado brasileiro

Brasil tem posição consolidada como fornecedor de proteína animal e um cenário de grandes oportunidades no futuro, graças a mudanças no âmbito internacional. Essa é a visão dos CEOs das três maiores agroindústrias do país que lideram produção e exportação da proteína.

O presidente da Aurora Alimentos, Mario Lanznaster defendeu que o país reúne condições necessárias para expandir sua atuação global. Lanznaster destacou o mercado chinês, o qual tem um consumo de 5kg de carne por habitante ao ano, contra os 98kg que o Brasil tem em média. “Temos muitas coisas boas para mostrar lá fora e aumentar a nossa presença. Podemos ainda avançar em produtividade, mas as perspectivas são boas”, disse.

Alexandre Almeida, vice-presidente da BRF Brasil, apresentou as principais novidade no consumo da proteína animal. De acordo com o executivo, existe uma consciência coletiva sobre o meio ambiente e problemas sociais e um aumento do nível de exigências por parte das pessoas. “Temos de entender o consumidor e responder as tendências do mercado mundial. As demandas são cada vez mais específicas e regionais. As grandes empresas devem sair da visão de commodity e focar no atendimento às pessoas”, disse Almeida.

Para Gilberto Tomazoni, presidente global de operações da JBS, um dos principais desafios do setor se encontra em diminuir lacunas entre falsas percepções dos consumidores e a realidade. Ele ressaltou, por exemplo, que a população pensa que a produção de alimentos é concentrada em grandes produtores, quando o cenário é, na verdade, um trabalho realizado por 150 mil integrados, com 130 pequenos produtores. Tomazoni apontou ainda duas tendências da atualidade: “Temos, de um lado, o crescente consumo de proteína. Por outro, pessoas que demandam produtos orgânicos e animais criados soltos. Precisamos estar preparados para ambas às frentes”.

Os três CEOs estavam presentes no Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura (SIAVS), nesta quarta-feira (30/08).