Em entrevista a Gessulli Agrimídia, diretor de relações Institucionais da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Marcelo Osório, manifestou sua preocupação com a medida provisória 1153/2022, que trata do seguro para transporte rodoviário de cargas. Osório advertiu para as possíveis consequências negativas dessa medida no setor de alimentos e destacou a importância de buscar uma revisão.
Osório observou que a medida obriga a assinatura de dois novos tipos de seguro por transportadoras, em vez de proprietários da indústria. “Nós estimamos que essa mudança poderá trazer um aumento de até 1800% no valor atualmente pago por esse seguro, em comparação com o que está por vir no futuro. Acreditamos que esse custo passará de 0,01% para aproximadamente 1%, o que consideramos absolutamente inaceitável”, pontua.
O diretor da ABPA destacou que o setor já enfrenta grandes desafios logísticos no Brasil tanto em termos de competitividade interna quanto externa e nova medida de agrava ainda mais a situação. Osório ressaltou a importância de sensibilizar o presidente da República para que vete o artigo terceiro da medida, alegando que a contratação dos seguros deve permanecer sob a responsabilidade dos proprietários das cargas. Ele destacou que a medida afeta diretamente as empresas e defendeu que a prerrogativa de contratar os seguros seja mantida com os proprietários das cargas.
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“Acreditamos que a contratação dos seguros deve permanecer nas mãos das empresas, dos proprietários das cargas, preservando essa prerrogativa e garantindo que os seguros sejam contratados pelas empresas que são donas desses materiais”, enfatiza.
A Medida Provisória 1153/2022, que aguarda a sanção ou veto presidencial, foi alvo de uma carta aberta assinada por diversas associações do setor alimentício, incluindo a ABPA, que destacaram os potenciais efeitos negativos dessa medida no preço dos alimentos.
Confira o depoimento completo do diretor de relações Institucionais da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Marcelo Osório:
