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Entrevista

De carne de pato a de codorna, mercado de proteína gourmet irá se expandir nos próximos anos

O fundo de investimentos XWR adquiriu a Good Alimentos, principal produtora de codornas do país, e já era controlador da Villa Germania, única exportadora brasileira de pato

De carne de pato a de codorna, mercado de proteína gourmet irá se expandir nos próximos anos

A Villa Germania é a única empresa do país a exportar carne de pato, trabalhando ainda com o conceito de proteína gourmet. Conceito esse, cunhado pela própria empresa. O termo se refere ao mercado de carnes especiais desenvolvido pela Villa Germania no país, com o comércio de frango orgânico, frango caipira e galinha d’angola, além do próprio pato.

Essas proteínas de alto valor agregado tem conquistado cada vez mais espaço em grandes centros urbanos, agregando um novo paladar ao consumidor brasileiro.

Recentemente, a empresa participou da Gulfood, feira de alimentos halal nos Emirados Árabes Unidos. Em ação promocional com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Apex Brasil, foi lançada a marca internacional Brazilian Duck, cujo objetivo é reforçar a qualidade dessa proteína em mercados potenciais para exportação.

No evento, a Villa Germania ainda ofereceu para degustação uma versão em carne de pato do tradicional shawarma, prato apreciado no mundo árabe e normalmente preparado com carne de frango ou corte de ovinos.

A Villa Germania não quer expandir apenas as vendas externas de sua carne de pato, onde basicamente concentrada no Oriente Médio. Quer chegar a mercados asiáticos e, principalmente, acessar os países da União Europeia. Mais do que isso, pretende diversificar os seus produtos comercializados.

Um dos focos é a carne de codorna, produto bastante apreciado na própria Europa e no próprio Oriente Médio, onde a empresa já possui canais de venda aberto com o embarque da proteína de pato.

Visando expandir e criar condições para atender ao mercado externo, a XWR Investimentos – controladora da Villa Germania – adquiriu no início desse ano toda a estrutura de produção e abate de codornas da Good Alimentos, sediada em Santa Catarina.

O objetivo é investir em adequações e trabalhar clientes internacionais para o embarque dessa carne. A expectativa é de que a carne de codorna teria potencial para atingir um patamar bem próximo dos volumes exportados de pato, que é de quatro mil toneladas/ano. Com isso, a planta industrial teria de ampliar sua capacidade diária de abate por dez, atingindo 80 mil codornas/dia.

“Dentro das pesquisas que baseiam nossos investimentos, acreditamos plenamente no potencial dessa produção, principalmente com olhos no mercado externo. No doméstico, também acreditamos no potencial de crescimento, mas teremos de desenvolver um trabalho específico para se atingir uma maturidade entre a curva de oferta e demanda”, afirma Marcondes Moser, vice-presidente de Operações da Villa Germania e gestor da Good Alimentos.

O executivo destaca ainda o investimento em novos negócios dentro do segmento de proteína gourmet, como o investimento no suíno orgânico, criações de caprinos e ovinos, além de a importação de carnes especiais, como a de coelho da Espanha e alguns cortes de ovinos da Nova Zelândia. 

Confira a entrevista completa na Edição 1315 da Revista Avicultura Industrial