Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

De hobby à criação comercial

Granja de codornas que começou como brincadeira de criança ganha status de empresa.

Redação AI 13/05/2002 – Foi em uma tarde de 1996. Coelhos viraram codornas que não pararam de se multiplicar, na Chácara Boa Vista, de Valdeci Alves da Cunha, em Uruaçu (GO). Coisa do filho mais velho, Werley Alves Diniz da Cunha, que primeiro inventara de criar coelhos. Fez um bom cercado de telas e assumiu os cuidados com os bichinhos, ávidos por verduras frescas. Um dia Werley se cansou da obrigação. Apanhou uma caixa, perfurou-a bem, pôs dentro os seis coelhos que tinha à época e foi para a porta da Casa dos Fazendeiros.

Horas depois, sem comprador, tentou vendê-los para a dona da loja. Negócio a dinheiro ela não quis, mas propôs troca por algum pequeno animal à venda. Talvez pombos, gansos. Werley escolheu codornas e recebeu 12 delas. Cobriu uma parte do cercado dos coelhos, improvisou um poleiro, ninhos e a criação aumentou. Em viagem para a casa de parentes em Brasília, Werley avistou uma empresa especializada em carne de codornas. Voltou entusiasmado, comprou embalagens apropriadas, abateu dezenas delas e procurou a loja. Mas as suas codornas japonesas não serviam, a casa só comercializava as francesas, de porte maior. Circulou por restaurantes e trailers até vender tudo. Os compradores gostaram e encomendaram mais. Estava dada a partida para que a família estruturasse uma granja de codornas.

Plantel
Cinco anos depois, a chácara tem de 25 mil a 30 mil aves e abate de 500 a 600 unidades por dia. A carne vai para restaurantes diversos e os 3.360 ovos recolhidos diariamente são vendidos em Uruaçu e cidades vizinhas. A isenção de ICMS estimula a venda em Goiás. Foi construído um compartimento para abate e obtida licença da Superintendência de Vigilância Sanitária Estadual.

A mãe de Werley, Maria Antônia Diniz, é administradora e o trabalho envolve também o outro filho do casal, Wenderson. Valdeci avisa que a família não descuida do controle sanitário e de higiene. A granja tem o piso encimentado e as aves são vermifugadas conforme a orientação técnica. Veterinário da casa fornecedora de ração visita a granja periodicamente e dá assistência técnica. Cada grupo de 20 codornas recebe 300 gramas de ração por dia, servidas em cocho que, como nas granjas de galinhas e nos estábulos bovinos, tem portinhas individuais.

Incubação

Dicas do criador José Gervásio:

  • Ao comprar chocadeira, procure referência. As automáticas são mais seguras e eficientes
  • Cuidado com a higiene da chocadeira. Aplique desinfetante específico sempre que desocupá-la
  • O ambiente dos filhotes deve ser fechado nas laterais, com entrada indireta de ar (por exemplo, no alto das paredes)
  • Para cobrir o piso, palha de arroz. Na primeira semana, deixe-a coberta com um tecido de algodão
  • Água e ração de boa qualidade
  • Com aquecedor, a temperatura é mantida a 38 graus inicialmente e reduzida aos poucos, até ficar normal com 25 dias