Da Redação 04/12/2002 – Em quatro anos de operação no Brasil, o grupo francês Doux Frangosul aumentou em quase três vezes seu faturamento e quadruplicou as exportações. A empresa espera faturar R$ 1,2 bilhão este ano no País. Em 1999, a receita foi de R$ 461,2 milhões. Esse balanço positivo foi comunicado ontem por Charles Doux, presidente mundial da empresa, ao governador Olívio Dutra. À imprensa, o dirigente não quis revelar outros números, afirmando não dispor deles no momento. Doux também manifestou o interesse da companhia em participar do programa Fome Zero, anunciado pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo o diretor-presidente da empresa no Brasil, José Augusto Lima de Sá, a contribuição se daria por meio de produtos com alto valor protéico e baixo custo, hoje exportados para mercados da Ásia e África do Sul, como miúdos congelados. O executivo explicou que os itens poderiam ser vendidos a preços muito competitivos no mercado interno se tivessem o tratamento tributário diferenciado dispensado às exportações. Doux e Sá disseram ao governador que o protocolo para construção da fábrica de industrializados em Montenegro, assinado em março, foi cumprido antes do prazo acordado, de um ano.
Elevação do câmbio atrapalha a expansão Em quatro meses, a nova fábrica ficou pronta, opera em três turnos e emprega 200 funcionários. Os executivos informaram que os planos de expansão das unidades para o próximo ano estão temporariamente congelados, devido à elevação do câmbio. A escassez de milho – que compõe de 50% a 70% da alimentação de suínos e galinhas – é outro tema que preocupa. A safra gaúcha do grão passou de 3,2 milhões de toneladas em 1998/1999 para 6 milhões de toneladas na safra 2000/2001, mas grande parte foi destinada à exportação.
