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Empresa familiar segue a mesma receita de defumados há 82 anos

Família de Itapetininga (SP) aposta na tradição dos produtos. Produção está na 3ª geração; bisnetos também já aprendem.

Uma empresa familiar de Itapetininga (SP) segue a mesma receita na preparação de linguiças e produtos defumados há 82 anos. São oito décadas e três gerações de loja. Atualmente Carlos Feichtenberger e o filho Rogério Feichtenberger gerenciam o comércio que aposta na tradição e na produção artesanal. Carlos ressalta que a receita foi trazida pelo pai, nascido na Suiça, e precisa de 12 horas em estufa para defumar. “Muda algumas pequenas coisas, mas a tradição e a receita é sempre a mesma.”
Por mês 1,5 mil pessoas passam pela loja pra levar os embutidos, diz Carlos. Ele conta que o segredo para o sucesso está no tempero simples composto por sal, alho, especiarias, mas nenhum conservante. Por semana são feitos 120 quilos de carne suína, uma produção considerada pequena. “Se fosse uma escala industrial não iria ficar o mesmo produto. Teria que colocar um conservante para transportar, iria ter que mexer em nossa fórmula. Não iria ficar a mesma coisa”, afirma.
Na empresa 50 produtos diferentes são produzidos: 30 tipos de defumados e 20 de linguiças. A receita de família foi passada de pai para filho e para neto e também deve chegar aos bisnetos. “O Gabriel, meu filho, gosta muito e acho que vai continuar. A gente tem que seguir a conquista”, ressalta o neto Rogério Feichtenberger.

São Miguel Arcanjo
Em São Miguel Arcanjo (SP) há outro exemplo de empresa da região que aposta na produção artesanal. Uma vinícola da cidade há seis anos começou a investir em uma produção seletiva de vinhos e suco de uva. “Tudo artesanal, tentamos fazer em pouca quantidade, mas de grande qualidade”, afirma o produtor rural Adevaldo Limireo Ferreira.
 
A cada safra é produzido 4,5 mil litros de bebidas no local. E tem vinhos de diferentes variedades de uvas: niagara, bardô, maximus, cabernet sauviggion. Seguindo a ideia do artesanal, o produtor não vende os vinhos em mercados, e sim na própria loja montada por ele.
A esposa dele, Magna Cristina Ferreira Limireo, também ajuda na produção das bebidas. “O objetivo é que os turistas venham à loja. Não pensamos em entregar em mercado ou regiões. Às vezes o turista até não se interessa pelo vinho, mas procura um doce, um queijo, o suco de uva”, diz.
Nos dias de maior movimento eles afirmam que 600 pessoas passam pelo local. Em 2015 o aumento nas vendas de vinhos foi de 40% em relação ao mesmo período do ano passado.