Entenda o que é o One Health e como o mundo está trabalhando esse conceito
A pandemia que hoje assola o mundo aponta a proximidade entre a saúde humana e a saúde animal, trazendo à tona o conceito de Saúde Única
Por Anderson Oliveira
Ainda não se pode afirmar com certeza como o novo Coronavírus (Sars-CoV-2) chegou aos seres humanos. A principal conclusão é de que em algum momento o vírus, que já circulava em morcegos na China, sofreu uma mutação e adquiriu a capacidade para infectar humanos e se disseminar rapidamente. A pandemia que hoje assola o mundo aponta a proximidade entre a saúde humana e a saúde animal, e a relação de ambas com o meio ambiente. É essa interdependência entre os dois, homem e animal, que compartilham um mesmo ambiente, que traz novamente à tona o conceito One Health, ou Saúde Única. O conceito passou a se popularizar ainda nos anos 2000, a partir da Organização Mundial para a Saúde Animal (OIE), com base no conhecimento já consolidado de que tanto a saúde humana quanto a saúde animal se relacionam, afirma Jorge Caetano Júnior, coordenador-geral de Sanidade Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Para ele, a pandemia da Covid-19 deve acelerar o processo de estreitamento das relações entre as vigilâncias em saúde animal e humana.
Jorge Caetano conta que pesquisadores chineses descobriram que o Sars-CoV-2 já circulava entre morcegos. No passado recente, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) informou que investigações evidenciaram que outros coronavírus trilharam o mesmo caminho. Caso do SARS-CoV, que foi transmitido de civetas (pequeno mamífero de hábitos noturnos que habita regiões da África e Ásia) a humanos na China em 2002, e do Mers-CoV, que passou de dromedários a humanos na Arábia Saudita, em 2012.
O coordenador do Mapa, no entanto, lembra que “vários outros coronavírus circulam atualmente em animais sem lograrem infectar seres humanos”.
“A melhoria global das condições para a vigilância de doenças e infecções, tendo por base o conceito de Saúde Única, poderá permitir a identificação de mais coronavírus e a avaliação sobre sua capacidade de infectar animais e seres humanos”, considera.
Para ele, a prevenção para que não ocorram novos surtos como o que assola os países, depende da capacidade de identificar e gerenciar riscos. Uma das possibilidades que pode ser trabalhada é a ampliação do intercâmbio entre organismos responsáveis pela vigilância epidemiológica veterinária e os responsáveis pela vigilância epidemiológica em saúde pública.
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