Entendendo as diferenças de unidades de fitases - por Alexandre Brito
Por Alexandre Barbosa de Brito, médico veterinário, PhD em Nutrição Animal
Alexandre Brito
Alexandre Brito é médico veterinário, doutor em nutrição animal
Nos últimos dois anos, observei em vários momentos algumas pequenas dúvidas envolvendo o sistema de parametrização de unidades de fitases entre diferentes provedores. Desta forma decidi abordar o tema este mês para ajudar os leitores da Gessulli na interpretação destes dados. Quero salientar que os dados aqui comentados não são referentes a artigos diretos de provedores de fitases, nem recomendações destes. As comparações abordadas referem-se apenas a um compilado de dados de trabalhos científicos, publicados por instituições de pesquisa (sem vínculos com provedores) que tiveram como o objeto avaliar parâmetros que estabelecem uma parametrização sobre o tema.
AOAC, FTU, Phytex, FYT .... O tema é vasto e pode mesmo gerar alguma dúvida quando a aplicação. Sobre o primeiro item, AOAC, este dado não se refere a unidade, mas sim a entidade de padronização de meios de determinação. A AOAC INTERNATIONAL é uma organização sem fins lucrativos reconhecida internacionalmente que opera desde 1884. Seu objetivo seria de padronizar dentro de uma comunidade cientifica ou indústria, soluções apropriadas através do desenvolvimento de padrões analíticos microbiológicos e químicos. Os padrões da AOAC são usados globalmente para promover o comércio e facilitar a saúde pública e a segurança. A metodologia, padronizada pela AOAC (2000) para análises de fitases, leva em consideração um ensaio colorimétrico obtido pela incubação de uma fitase com fitato sódico, avaliando-se a liberação de fosfato inorgânico a 37 +/- 0.1°C a um pH 5.5. A incubação é paralisada pela adição de uma solução contendo o ácido de vanádio/molibdênio, que produz uma coloração amarelada pelo volume de fosfato produzido, o qual pode ser mensurado em um fotômetro de comprimento de onda de 415 nm. A relação de liberação de fósforos pelo uso da uma quantidade de fitase é padronizada na unidade de FTU/g (Phytase Unit, ou, unidade de fitase). Porém é plenamente comum outras variantes a esta unidade, que igualmente possuem eficácia comprovada.
A definição de FYT/g, possui uma relação estreita ao descrito anteriormente. De acordo com Ruckebush & Glitsoe (2013), uma unidade de atividade de fitase expressa em (FYT) é a quantidade de enzima que libera 1 micromole fosfato inorgânico por minuto a partir de um fitato de Na 0,0051 M solução a pH 5,5 e 37°C. Desta forma, estas duas medidas assumem uma caracterização de equivalência.
Quanto a unidade Phytex, Kerr et al. (2010) publicaram um trabalho avaliando-se quatro diferentes provedores de fitases frente a digestibilidade de fósforo em suínos. Cada fonte de fitase foi analisada em um laboratório comercial (Eurofins Scientific Inc., Des Moines) levando-se em consideração 4 métodos distintos (Tabela 01), seguindo o padrão AOAC e outros três descritos pelos provedores. As fitases foram adicionadas às dietas de suínos em terminação baseadas na atividade de níveis fornecidos pelos fornecedores (Provedor 1 e 2 => 5.000 FTU/g; Provedor 3 => 2.000 FTU/g e Provedor 4 => 2.500 FTU/g). O objetivo desta pesquisa foi avaliar a disgestibilidade em dietas a base de milho e soja para suínos em terminação, porém aqui vou me restringir a avaliação da atividade enzimática entre os provedores, que é o tema desta coluna.
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