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Equações de predição da energia metabolizável in-vitro de milho para frangos de corte

Importantes ferramentas para determinar os coeficientes de digestibilidade e a energia metabolizável dos alimentos de forma indireta, as equações de predição utilizam informações bromatológicas para ajustar as equações e minimizar o efeito da variabilidade nutricional

Equações de predição da energia metabolizável in-vitro de milho para frangos de corte

O milho é caracterizado como uma excelente fonte de carboidratos para animais não-ruminantes, pois apresenta baixo nível de fibras e polissacarídeos não amiláceos solúveis quando comparado a outros alimentos como o trigo e a cevada (ODJO et al., 2015).

Conforme Loy e Lundy (2019), além de fornecer a maior parte da energia requerida na ração, o milho também possui óleo poli-insaturado e ácidos graxos essenciais, como o ácido linoleico; contém quantidades significativas de aminoácidos sulfurados, como a cisteína e metionina; e pequena quantidade de lisina e triptofano, tornando a mistura com o farelo de soja muito interessante, pois este apresenta boa quantidade desses dois aminoácidos essenciais.

A qualidade do milho é dependente de uma série de fatores, entre eles a variedade genética do cultivar, momento da colheita, processamento térmico para a secagem do grão, qualidade do armazenamento, dureza do grão (vitreosidade), qualidade da moagem e tamanho da partícula do grão moído (ODJO et al., 2015).

Além disso, também podemos citar a forma como o milho é cultivado, relacionando com o clima da região, manejo do solo e adubação, controle de pragas e doenças, processamento e controle de qualidade do grão na unidade de fabricação de ração, entre outros fatores determinantes da qualidade final da matéria-prima.

Tudo isso impacta nos coeficientes de digestibilidade do alimento pelo animal, na necessidade de medidas alternativas para atender o requerimento nutricional e também nos custos operacionais da produção de aves.

O milho é um alimento que foi bastante estudado em pesquisas nacionais e internacionais, resultando em grandes bancos de dados nutricionais.

Um exemplo disso são as Tabelas Brasileiras Para Aves e Suínos de (ROSTAGNO et al., 2017), que apresentam a composição nutricional média dos alimentos, como os valores de energia metabolizável, aminoácidos digestíveis, coeficientes de digestibilidade, entre outras informações que podem ser utilizadas para formular uma ração, comparar resultados de análises laboratoriais ou também para uso didático.

Contudo, embora essas informações sejam importantes, a sua utilização como um padrão em distintas realidades de produção pode acarretar em perdas produtivas, uma vez que os alimentos, incluindo o milho, apresentam significativa variabilidade nutricional.

Dessa forma, as equações de predição são importantes ferramentas para determinar os coeficientes de digestibilidade e a energia metabolizável dos alimentos de forma indireta, utilizando as informações bromatológicas para ajustar as equações e minimizar o efeito da variabilidade nutricional (SAKOMURA; ROSTAGNO, 2016), resultando em maior precisão da matriz nutricional dos alimentos que irão compor a fórmula da ração.

Confirma a matéria completa na edição 1318 da revista Avicultura Industrial