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Estados Unidos desejam retomar Doha em setembro

<p>A reunião de Genebra foi tratada como "última chance" da rodada antes que o calendário eleitoral americano atropele as negociações.</p>

Redação (22/08/2008)- Os Estados Unidos querem retomar em setembro as negociações comerciais internacionais da Rodada Doha, depois do fracasso da reunião ministerial de julho em Genebra, disse a representante comercial norte-americano, Susan Schwab, ao boletim especializado Inside US Trade, divulgado ontem.
Grupo de países

Ela afirmou que funcionários de um pequeno grupo de países devem se reunir em setembro para explorar as possibilidades de retomada do processo. A reunião de Genebra foi tratada como "última chance" da rodada antes que o calendário eleitoral americano atropele as negociações.

Segundo ela, a próxima reunião servirá para "testar a seriedade (da intenção) de avançar, trazer novas idéias para superar alguns dos problemas que enfrentamos em julho e que na época não pudemos superar".Schwab também espera, "bem francamente, conter a deterioração e erosão do que estava sobre a mesa em julho", disse.

Lamy em Washington

Hoje ela recebe em Washington o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, Pascal Lamy, que na semana passada esteve na Índia.

Discordâncias entre EUA e Índia a respeito de salvaguardas para proteger agricultores de países pobres contra surtos de importação foram o principal motivo para o fracasso da reunião de julho.

Vários outros países, especialmente o Brasil, já haviam aventado a hipótese de retomar o processo de negociação, aproveitando os avanços ocorridos nas discussões sobre tarifas e subsídios agrícolas e abertura de mercados industriais.

O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, e outros envolvidos já apresentaram propostas de conciliação na questão das salvaguardas a agricultores pobres.

"Limpar o caminho"

De acordo com o Inside US Trade, Schwab disse torcer para que os participantes do encontro de setembro "limpem o caminho para outra rodada de abordagem ministerial".

Mas ela também disse que os EUA têm preocupações com os termos usados num relatório sobre as negociações industriais, e alertou que um acordo sugerido por Lamy em julho "em grande parte já se esgarçou".