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Avestruz

Estrutiocultura brasileira em busca de crescimento

Negócios com avestruz no Brasil foram pulverizados e poucas empresas atuam neste mercado, de forma independente. Câmara Setorial de Ratitas marcou reunião em abril para decidir os rumos do setor.

Grande promessa da avicultura nacional em 2006, a estrutiocultura não decolou no Brasil. O setor teve a imagem arranhada com os escândalos da extinta Avestruz Master e ainda não possui licenças para exportar a carne da ave para outros países.

Com tantos entraves, o criador de avestruz passou a operar de forma independente, isolada. Com isso, o setor perdeu muito de sua representatividade no País. “Infelizmente o negócio do avestruz está muito pulverizado com as poucas empresas atuantes no mercado, trabalhando de forma isolada no mercado”, afirma Stefano Rocha Volpi, presidente da Associação de Criadores de Avestruz do Brasil (Acab). Ele explica que a associação perdeu muito de sua força e que seu trabalho mantém-se apenas no projeto de exportação, almejando alcançar as licenças necessárias para exportar a carne de avestruz.

Volpi diz que a exportação da carne de avestruz ainda não é autorizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), porque não há um centro cadastrado para fazer análise e controle do produto para, finalmente, haver a criação o Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC) para o avestruz. Segundo o presidente da Acab, desde o ano passado o setor aguarda a certificação do laboratório Plantec de Iracemápolis (SP) para análise de carne de avestruz. “O principal pilar para o renascimento da estrutiocultura no País é a parceria com o Laboratório Plantec”, pontua.

Perspectivas – De acordo com Volpi, atualmente a Acab está em uma situação delicada. A entidade ainda aposta na re-ascensão da estrutiocultura brasileira, mas enfatiza que neste momento depende mais dos criadores e empresas atuantes do que da própria associação. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA/SP), através de sua Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro), irá promover uma reunião da Câmara Setorial de Ratitas no dia 05 de abril de 2011, às 14h30, no Auditório do Instituto de Economia Agrícola, localizado na Av. Miguel Stéfano, 3900, em São Paulo. De acordo com Volpi, esta reunião deve sinalizar novas diretrizes para a retomada de crescimento do setor.

Em 2010, segundo dados do Serviço de Inspeção Federal (SIF), foram abatidos no Brasil 5953 avestruzes. Em 2011, Volpi espera um crescimento de 10 a 20% deste valor. “Esperamos para este ano um mínimo 7 mil avestruzes abatidos. É um crescimento lento crescimento, no entanto estamos crescendo”, destaca o dirigente. “Cabe salientar os números de abates de avestruzes nos anos de 2009 e 2010 mantiveram-se próximos fortalecendo a tese que o produção chegou no ponto mínimo, estabilizou-se e prospectamos crescimento para os próximos anos”.