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Frango Feliz

Pesquisadores da Esalq estão apresentando a nova opção para os pequenos avicultores.

Redação AI 03/06/2002 – Dentro da nova tendência de “bem-estar animal”, defendida entre outros pela rede de fast food norte-americana McDonalds, pesquisadores da Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz (Esalq) desenvolveram aves adaptadas ao sistema semi-intensivo em que elas possuem um ambiente fechado e outro aberto. Trata-se do projeto “Frango Feliz” voltado para os pequenos produtores.

Ele já resultou, por exemplo, nas linhagens “caipirão”, “7P” e “caipirinha”, as duas primeiras destinadas ao abate e a última com uma aptidão mista: as fêmeas são ideais para a postura -produzem cerca de 240 ovos anualmente, contra 80 da galinha caipira e 360 da confinada – e os machos, para o abate.

O trunfo dessas linhagens, segundo avaliação dos pesquisadores, está nas diferenças qualitativas no ovo e na carne, esta mais firme, com sabor, cor e textura específicos, destinada a um mercado limitado: pessoas interessadas em consumir produtos mais naturais.

O frango confinado é menos resistente. Devido à fragilidade às doenças, tais aves são constantemente tratadas com antibióticos, o que pode prejudicar o homem. Já as aves selecionadas pelo projeto são mais rústicas e mais resistentes. Os novos tipos genéticos são obtidos por seleção de genes favoráveis a certas características, melhorando o desempenho.

A diferenciação é importante porque permite ao pequeno avicultor permanecer no mercado mesmo com a grande concorrência. Atualmente, a maioria das aves destinadas ao consumo é criada em condições de total confinamento, o sistema intensivo.

O sistema intensivo de frangos é um segmento que exige que o criador tenha um mínimo de investimento para criar lotes de 10 mil a 30 mil frangos, demanda instalação, mão-de-obra e poder aquisitivo para realizar o transporte, fatores que determinam uma concentração cada vez maior do setor nas mãos das grandes avícolas.