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Entrevista

Gestão de riscos é prioridade em São Paulo para atrair investimento no agronegócio

O secretário da Agricultura do estado, Gustavo Junqueira, afirma que os investimentos nessa área trarão segurança para que empresas invistam no estado.

Gestão de riscos é prioridade em São Paulo para atrair investimento no agronegócio

Durante o XVII Congresso de Ovos, o secretário da Agricultura do estado, Gustavo Junqueira, concedeu entrevista a redação dos portais Avicultura Industrial e Suinocultura industrial. Junqueira afirmou que a prioridade é a gestão de riscos, e investimentos na defesa agropecuária. Confira!

 

Redação AI/SI  – Quais são as perspectivas do Sr. para a agricultura paulista nos próximos quatro anos? Em termos de produção e exportação.

Gustavo Junqueira  – Acho que de maneira geral São Paulo tem a agricultura mais diversificada, mais tecnificada e de maior valor agregado. Agricultura usando o termo geral – pecuária, produção de alimento, produção de tecnologia e a parte de serviços – em tudo isso São Paulo é grande. São Paulo representa um terço de toda produção do Brasil. Nós temos um desafio grande de integração das nossas atividades na secretaria de agricultura para conseguir acompanhar esse desenvolvimento do setor privado. O setor privado no estado de São Paulo é muito forte e muito pujante e a função do estado é apoiar o desenvolvimento do setor. Então a agricultura e a pecuária no estado devem, cresce muito e portanto o Brasil deve crescer muito. Se São Paulo vai bem, o Brasil ganha.

AI/SI –  Na visão do Sr., quais são as prioridades para impulsionar o agronegócio paulista nos próximos anos?

Junqueira  – Acho que em São Paulo nós temos a questão sempre da atração de novas empresas, nós temos a atração de uma maneira que a gente faça uma normatização dos impostos. São Paulo ao longo do tempo foi muitas vezes duro com as questões da competitividade com outros estados. E o que nós estamos fazendo agora não ter nenhum negócio que São Paulo não lute para ter ele junto do estado. Então tudo será matéria de análise do governo para que possamos atrair novos investimentos. Todos os investimentos são prioritários, não tem nenhum investimento que não seja prioritário. Mas obviamente nós estamos olhando agora nos produtos de maior de valor agregado, ou seja, na pecuária buscando cortes específicos, melhoramento genético, seja na produção de ovos, cada vez mais tecnologia, muita gestão de risco, uma melhoria de tecnologia e inovação, tudo vai fazer parte desse programa.

AI/SI  – São Paulo se consolidou como o principal produtor de ovos (perdeu o posto apenas no ano passado, para o Espírito Santo). Como o Sr. pretende contribuir para o setor a produção, concentrada em Bastos?

Junqueira  – Acho que é uma questão de mercado, o estado precisa fazer é dar as ferramentas para que a gente tenha esse status de principal produtor, da cidade maior produtora, no caso  estado já é o maior produtor do brasil. O que eu vejo é, e como eu relatei aqui, a questão de gestão de risco. Um grande investimento que vamos fazer é na defesa agropecuária. É importante que a gente consiga ter um estado seguro, para que as empresas invistam em São Paulo. SP já tem a melhor infraestrutura em alguns casos a gente tem uma questão de clima, um pouco mais frio aqui, portanto se busca um clima mais quente mais seco para avicultura, mas fora isso SP tem todos os atributos ai

AI/SI – O estado deve pleitear o status sanitário de livre de febre aftosa sem vacinação, algo já conquistado por Santa Catarina e pleiteado pelo Paraná?

Junqueira  – Acho que tem um programa nacional, o Brasil livre de aftosa. A gente tem feito ainda a vacinação. O estado do Paraná quis antecipar esse ano a não vacinação, por questões do ministério da agricultura e eu entendo que foi aprovado e São Paulo está trabalhando para que em três anos consiga ficar livre de aftosa sem a vacinação. É importante lembrar que São Paulo é um grande centro consumidor, o maior centro consumidor do BR e, portanto, só dando um exemplo de bovinos, tem uma entrada de 2,5 milhões de cabeças todo ano no estado que não são produzidos aqui. E que deveriam ter sido vacinados em algum outro lugar, então a questão da gestão de risco ela é presente sempre, porque nós temos que gerenciar todos esses riscos externos, mas vamos cumprir essa meta, o objetivo é que a gente tenha uma defesa muito ativa e que nós possamos de fatos não vacinar mais o gado no período daqui a três anos e portanto vamos seguir essa determinação.